Folha de S. Paulo


Neonato Luiz Fabretti (1966-2017)

Mortes: Jornalista, foi de sonoplasta a apresentador

Arquivo Pessoal
Neonato Luiz Fabretti (1966-2017)
Neonato Luiz Fabretti (1966-2017)

Foi trabalhando como sonoplasta e falando as horas no rádio pelas madrugadas de 1986 que Luiz Fabretti descobriu o sonho, que realizaria anos mais tarde, de se tornar apresentador de televisão.

Nascido em Astorga, no norte do Paraná, trabalhou como office-boy antes de se mudar para Maringá, a 425 km de Curitiba, aos 17 anos, onde se consolidou como jornalista.

Torcedor do Internacional, a paixão pelos esportes foi decisiva para seguir a carreira.

No começo da década de 1990, tornou-se repórter de uma rádio esportiva da cidade, onde cobria pequenos clubes de futebol, ao mesmo tempo em que trabalhava como vendedor de loja para complementar a renda.

Foi trabalhar na televisão em 1995 e realizou, na década seguinte, o sonho de ser apresentador, no comando do diário "Paraná Notícias", da TV Maringá. Mantinha também uma coluna no jornal local "Hoje Notícias".

Costumava jogar futebol com amigos duas vezes por semana e é lembrado por eles como leal e exigente. "Ele era chato quando alguém jogava lixo na rua", lembra-se o amigo de longa data Carlos Fenille. "Certa vez, um cinegrafista jogou e ele o fez dar meia volta na estrada", diz.

Pai presente, conta a família, cobrava que os filhos fossem solidários. "Ele nos ensinou a viver intensamente e com dignidade, além de nos incentivar a ajudar o próximo", diz o enteado André.

Não resistiu após dois anos de luta contra um câncer no intestino e morreu no último dia 9, em casa, aos 51 anos. Deixa a mulher, Silvana, uma filha e dois enteados.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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