Folha de S. Paulo


Flávio Mariotto Vasconcellos (1945-2017)

Mortes: Engenheiro que tinha paixão por velejar

Era sobre as águas que o engenheiro Flávio Mariotto Vasconcellos se sentia mais confortável. Não à toa, o ex-diretor da Telesp batizou seu veleiro de "Devaneio", e, nele, podia passar horas no mar ou na represa de Ibiúna (SP), onde a embarcação ficava.

Nascido em Santos, veio ainda criança para a capital paulista. Na adolescência trabalhou como office boy e mais tarde como professor de matemática, durante a faculdade de engenharia elétrica –que fez inspirado por um avô, também engenheiro.

Trabalhou por mais de 30 anos na Telesp, antiga operadora de telefonia paulista, chegando ao cargo de diretor de engenharia. "Foi um profissional impecável, técnica e moralmente, rígido mas extremamente cordial com todos", diz o amigo Wilson Gava.

Foi lá que conheceu a mulher, Tânia. Apegado à família, batizou seu jet ski de "Taniuska" e considerava como dele os dois filhos pequenos que a mulher tinha quando se casaram. Avô coruja, chamou de "Lu" sua lancha, em homenagem à neta.

Adorava novidades tecnológicas e era o mais entendido do assunto da família, conta Tânia. Era ele quem os ensinava a mexer em eletrônicos, desde o velho vídeo cassete até o recente Apple TV.

Saiu da Telesp só em 1998, quando a empresa foi privatizada, e chegou a trabalhar no setor até se aposentar, em 2001. Depois, manteve uma lavanderia com um irmão.

Descobriu um câncer de pulmão em abril do ano passado e, após um ano de luta contra a doença, morreu no último dia 10, aos 71 anos. Deixa a mulher, uma filha, dois enteados e três netos.

Arquivo Pessoal
Flávio Mariotti Vasconcellos (1945-2017)
Flávio Mariotti Vasconcellos (1945-2017)

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