"O Pedro é o homem que transforma água em estrada." A frase, dita na inauguração da estrada Piaçaguara-Guarujá, no começo dos anos 1970, resume a trajetória do engenheiro Pedro Motta de Oliveira Castro, um dos responsáveis pela rodovia.
O caminho entre Santos e Guarujá era feito até então apenas por balsa e a rodovia foi uma das primeiras erguidas sobre área de mangue, em uma empreitada que demorou anos e envolveu mil e uma dificuldades técnicas, conta Hilda, filha do engenheiro.
Especializado em pavimentação, participou também da construção da avenida Brigadeiro Faria Lima, na capital paulista, e também da rodovia Fernão Dias.
Arquivo Pessoal | ||
Engenheiro Pedro Motta de Oliveira Castro (1927-2017) |
Apaixonado por navegação, tinha um barco chamado Quietude, que, apesar do nome, lhe rendeu alguns sustos. Entre eles, a vez que a embarcação parou de funcionar em um canal em Santos enquanto um navio se aproximava por trás -por sorte, conseguiu desviar da nau.
A mulher, Maria Cecília, o conheceu esperando o bonde na rua Augusta. Com ela, gostava de viajar o país de carro.
Leitor ávido, tinha predileção por biografias, em especial de Napoleão Bonaparte e d. Pedro 1º, personagens que admirava. Mais velho, foi à Europa conhecer sua família paterna, portuguesa, e aproveitou para visitar monumentos históricos importantes na trajetória dos ídolos. Depois de dois meses internado, morreu no dia 3, aos 89, deixando a mulher, seis filhos, netos e bisnetos.
Uma missa em sua homenagem acontece nesta segunda (13), às 12h45, na Igreja N. Sra. do Brasil, em São Paulo.
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