Folha de S. Paulo


Evangélicos saem em bloco e pregam no Carnaval de Salvador

Gabriel Carvalho/Folhapress
Quarta atração a desfilar nesta quinta-feira (23), em Salvador, trio elétrico evangélico conduziu cerca de 200 fiéis pela avenida oceânica. Eles carregavam faixas e cartazes convidando os foliões a
Trio elétrico evangélico convida os foliões a 'aceitarem' Jesus

Quarta atração a desfilar nesta quinta-feira (23), no circuito Barra-Ondina (Dodô), antecedendo, Ivete Sangalo e Wesley Safadão, o bloco Siri com Todi trouxe uma novidade ao Carnaval de Salvador.

Com Cid Guerreiro, autor de músicas imortalizadas pela "Rainha dos Baixinhos" como "Ilariê" e "Turma da Xuxa" e a banda Som do Céu, o trio elétrico evangélico conduziu cerca de 200 fiéis pela avenida Oceânica. Eles carregavam faixas e cartazes convidando os foliões a "aceitarem" Jesus.

No repertório, músicas gospel de artistas como Aline Barros e Ana Paula Valadão, do grupo Diante do Trono.

No fim do circuito, outro grupo de evangélicos faziam pregações e carregavam estandartes com salmos da Bíblia. Nos panfletos distribuídos por 18 integrantes da comunidade Liga da Bíblia, frases como "Arrependa-se dos seus pecados e creia em Jesus".

Segundo a missionária periana, Mirta Montalbo, "o objetivo é aproveitar a visibilidade da festa para conscientizar as pessoas da importância do evangelho".

Busca Blocos

O folião que está indo para as ruas curtir o Carnaval de Salvador está enfrentando pelo menos dez minutos na fila para ultrapassar as barreiras instaladas pela Polícia Militar. Este ano, foram colocados 46 portais, equipados de câmeras de monitoramento e detectores de metais nos circuitos Pelourinho, Campo Grande e Barra/Ondina.

A espera divide opiniões. Turista do Rio Grande do Sul, Ana Luisa Rockemback, 29 anos, disse aprovar a medida. "É um tempo perdido que pode ajudar a salvar vidas", disse. Já o comerciante Paulo Garcia, 43, afirmou acreditar que a medida não é 100% eficaz. "Vi algumas pessoas sendo dispensadas da abordagem", disse.

Em nota, a PM afirma que "a proposta é abordar o maior número possível de pessoas" que entram nos circuitos oficiais da folia e, com isso, "ampliar a sensação de segurança dos foliões e demais atores do Carnaval da Bahia".


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