Folha de S. Paulo


Simon Benedykt (1951-2017)

Mortes: Fez fortuna com moda e foi pioneiro na Oscar Freire

Quando a família de Simon Benedykt deixou o Uruguai para tentar a vida no Brasil, nos anos 1960, o adolescente Samy, como era chamado, não quis saber de estudar. Diante da rebeldia do menino, seu pai, que trabalhava na marca de roupas íntimas Hope, deu-lhe uma máquina de costura, como quem dizia: se não quer estudar, então trabalhe.

E trabalhou. Com a experiência da família (a mãe foi consultora de moda), Samy começou a criar malhas que logo fizeram sucesso. Depois lançou a marca Transport, de jeans costurados com máquinas de sapatos. "Com 25 anos ele já era rico. Com 30, famoso", diz Miguel, seu irmão.

Criou ainda outras marcas como a Einstein e a Corpo e Arte, de moda íntima.

"Ele fez parte da primeira geração que abriu lojas na Oscar Freire", conta Miguel, referindo-se à rua da zona oeste de São Paulo conhecida pelas lojas de grifes.

"Mas, como todos ali, quebrou no fim dos anos 1990", diz o irmão, que foi editor de revistas de moda, citando como causas as grandes redes de varejo e o aumento da importação dos tecidos, o que enfraqueceu as fábricas.

Nos últimos anos, trabalhou criando roupas para outras marcas. Buscava se reinventar e estava empenhado em uma chopperia que abrira em São Paulo no ano passado, ramo novo para ele.

Em setembro, contraiu uma infecção generalizada e morreu no último dia 20 de janeiro, após parada cardiorrespiratória. Samy deixa dois filhos e três irmãos.

O Shloshim, cerimônia que marca 30 dias de morte, acontece neste domingo (19), no Cemitério Israelita do Embu.

Arquivo Pessoal
Simon Benedykt (1951-2017)
Simon Benedykt (1951-2017)

coluna.obituario@grupofolha.com.br

-

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missas


Endereço da página:

Links no texto: