Folha de S. Paulo


Motorista de Uber tem carro roubado e incendiado em frente à empresa

reproducao/arquivo pessoal
Carro de motorista do Uber é incendiado após na frente da empresa em São Paulo após ser roubado
Carro de motorista do Uber é incendiado após na frente da empresa em São Paulo após ser roubado

Dois criminosos roubaram um motorista do aplicativo Uber e atearam fogo em seu carro em frente à sede da empresa em São Paulo, na madrugada desta quarta (15), na Barra Funda (zona oeste).

Segundo o motorista Rodney Sampaio, 40, os criminosos pediram uma corrida pelo aplicativo com a forma de pagamento em dinheiro na rua Júlio Gonzales. Quando Sampaio chegou com o seu Space Fox, os bandidos, armados, entraram no carro e anunciaram o assalto.

A vítima conta que os bandidos ficaram rodando em ruas próximas à sede da Uber, na própria rua Júlio Gonzales. A dupla roubou R$ 250 e o celular da vítima. Depois, a deixou perto do Terminal Rodoviário da Barra Funda.

"Eles falaram que não iriam fazer nada comigo. Eu implorei para não levarem o carro, porque não tenho seguro", disse Sampaio.

Ele conta que os bandidos usaram o seu celular, entraram em um grupo de WhatsApp de motoristas do Uber e fizeram ameaças.

"Escreveram que isso era para aprenderem a não aceitar corridas na avenida Francisco Matarazzo", disse Sampaio. A avenida fica próxima à sede da empresa.

A vítima disse que ficou sabendo do incêndio no seu carro quando já tinha feito o boletim de ocorrência. "Quando cheguei em casa, me ligaram falando. Foi um prejuízo de R$ 33 mil", disse.

Sampaio diz acreditar que a intenção principal dos bandidos não foi roubá-lo, mas sim mandar um recado aos motoristas do Uber. "Com certeza foi crime mandado, ou algo assim. Estou revoltado pelo carro. Por outro lado, feliz por estar vivo."

O crime foi registrado pela polícia como roubo e incêndio.

EMPRESA

A empresa Uber não se manifestou sobre o crime. Também não disse se arcará com prejuízos financeiros sofridos pelo motorista.

A Polícia Civil abriu inquérito policial para apurar o caso. Investigadores do 23º DP (Perdizes) vão atrás de câmeras de segurança para tentar identificar os autores. Até a conclusão desta edição, nenhum suspeito havia sido preso pela polícia.

A vítima estava no aplicativo Uber havia quatro meses. O motorista contou que trabalhava somente com a empresa.


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