Folha de S. Paulo


Mudança de política atravanca sistema modelo de ônibus em Anápolis (GO)

Alan Marques/ Folhapress
Estação central de Anápolis, onde mudança de política atravanca sistema modelo
Estação central de Anápolis, onde mudança de política atravanca sistema modelo

Próxima a Goiânia, que mantém um sistema de ônibus moderno e pontual, cidade de Anápolis (GO), de 300 mil habitantes, sofre com outro tipo de problema em seu sistema de ônibus: a falta de continuidade de políticas públicas.

Considerada modelo de gestão para transportes em municípios pequenos até alguns anos atrás, Anápolis teve investimentos em tecnologia que criaram um sistema para organizar os ônibus automaticamente no único terminal rodoviário da cidade.

O sistema fazia uma leitura de registro do veículo quando chegava ao terminal, e o motorista recebia a informação sobre qual baia deveria entrar, para que as mais de cem linhas da cidade pudessem sair sempre no horário programado.

Com isso, era possível operar com quase 100% das frequências no horário.

Em 2010, houve uma nova licitação do serviço, vencida por outra companhia e que gerou uma disputa judicial de cinco anos.

Em 2015, a vencedora da disputa assumiu a operação, mas a antiga concessionária não repassou toda a tecnologia para a nova companhia.

A atual operadora está reconstruindo o sistema para tentar manter o mesmo procedimento para despachar os ônibus, mas ainda corre para refazer o que se perdeu. "Tivemos que começar do zero", lamenta Humberto El Zayek, diretor da Urban, a companhia que assumiu.


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