Folha de S. Paulo


Fundadora de ONG, Alessandra Orofino estreia coluna às segundas

Adriano Vizoni/Folhapress
A nova colunista da Folha, Alessandra Orofino
A nova colunista da Folha, Alessandra Orofino

A economista em direitos humanos Alessandra Orofino, 27, passa a integrar, nesta segunda (6), a equipe de colunistas de "Cotidiano". Seus textos serão publicados no caderno a cada duas semanas, sempre às segundas-feiras.

Orofino é cofundadora da ONG Meu Rio, comunidade virtual com 200 mil membros que oferece apoio a quem quer realizar mudanças locais na cidade -como impedir a demolição de uma escola (um dos "cases" de sucesso da organização).

A carioca divide ainda seu tempo com a coordenação da Rede Nossas Cidades (que ela também ajudou a criar), responsável pelo suporte a projetos em outros 11 municípios do país.

Ela é formada em economia e direitos humanos pela Universidade Columbia, em Nova York. Já morou também em Paris e Nova Déli para estudar ou trabalhar em outros projetos. Hoje vive no Rio.

Na coluna, ela pretende abordar temas como movimentos urbanos e o acesso público às cidades. "Nos últimos dois anos a pauta nacional está tão louca, tão novelesca, que a tentação de colocar todo o nosso foco em Brasília é muito grande. Só que, ao fazer isso, esquecemos de olhar para coisas que estão próximas", diz. "Prestamos pouca atenção ao espaço da cidade, que tem um potencial de impacto muito mais rápido."

A nova colunista, que montou a ONG quando tinha 21 anos, deve escrever ainda sobre como a juventude pós-ditadura está se mobilizando.

"Vejo nessas novas gerações uma vontade e capacidade de mudança gigantescas. E é uma geração que entende que dá para fazer política fora do jogo eleitoral."

Essa não é a primeira passagem dela pela Folha. Com a criação da Meu Rio, foi finalista do Prêmio Empreendedor Social de Futuro 2013, realizado pelo jornal. Desde 2016, é também uma das quatro curadoras do blog #AgoraÉQueSãoElas, em que temas como política e cultura são narrados do ponto de vista feminino.

Ela se coloca um novo desafio: "Muitas vezes a opinião vem antes dos fatos. Quero resistir a isso e tentar fazer com que ela seja a última coisa, que surja das informações."

Às segundas-feiras, ela revezará o espaço com o jornalista Leão Serva e substituirá o arquiteto Guilherme Wisnik, que segue colaborando com artigos para a Folha.


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