Folha de S. Paulo


Alberto Zambrana (1960-2017)

Mortes: Jornalista alegre e admirador das coisas belas

Egberto Nogueira/Imã foto galeria
Alberto Zambrana (1960-2017)
Alberto Zambrana (1960-2017)

Pouco antes do fim, Alberto Zambrana ouviu do sobrinho um verso do poeta britânico John Keats: "uma coisa bela é uma alegria para sempre". Encantou-se na hora.

Jornalista de formação e profissão, era nas artes que Alberto se realizava. Não se cansava de conhecer e discutir sobre a beleza de quadros, livros e até mesmo culinária, prática que ele também considerava uma espécie de arte.

Entre os vários artistas que admirava, tinha em Vincent van Gogh sua maior inspiração. Tanto que o amarelo característico das obras do pintos aparecia em diferentes tons nas roupas e até na fachada da casa de Alberto.

Ele mesmo, no entanto, arriscava em uma arte menos colorida: a xilografia. "Tinha uma tremenda habilidade", diz o sobrinho Caio, mas os desenhos nunca se tornaram uma opção de carreira para Alberto. Não acreditava que ganharia dinheiro com isso.

Foi assim que esse paulistano, que viveu quase a vida inteira na região da Vila Mariana, na zona sul, resolveu entrar para o jornalismo.

Trabalhou como repórter em revistas sobre culinária e construção e fez comunicação corporativa para sindicatos e empresas. Nos últimos oito anos, atuou como assessor de imprensa na Original 123.

Não importava onde trabalhasse, detestava usar terno e gravata. Era do tipo tranquilo, que adorava brincadeiras e piadas, mesmo das ruins. A roupa séria que usou em seu enterro teria sido odiada por ele, brinca o sobrinho.

Morreu dia 24, aos 56, após complicações em uma cirurgia. Deixa a mulher, Regina, e a filha, Yolanda, além da mãe, dois irmãos e sobrinhos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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