Folha de S. Paulo


Menina de dois anos é atingida por bala perdida e morre no Rio

Reprodução
Sofia Lara Braga, de 2 anos, morre após ser atingida por bala perdida, na Zona Norte do Rio
Sofia Lara Braga, de 2 anos, morre após ser atingida por bala perdida, na zona norte do Rio

Uma criança de dois anos e sete meses morreu vítima de bala perdida na noite deste sábado (22), dentro de uma lanchonete, em Irajá, zona norte do Rio.

De acordo com a Polícia Militar, Sofia Lara Braga brincava num espaço infantil da lanchonete Habib's quando policiais e suspeitos trocaram tiros no local. Atingida na cabeça, ela já chegou ao Hospital Getúlio Vargas, sem vida.

A perseguição que resultou na morte começou por volta das 22h, quando Thiago Rodrigues dos Santos fugiu ao receber ordem de parada dos policiais. Ele foi preso após o tiroteio, quando seu veículo capotou.

Segundo a PM, policiais haviam sido acionados para ir à av. Automóvel Clube verificar um roubo de veículo. Eles realizaram um cerco no local, de onde Santos teria tentado fugir. A PM afirmou que apreendeu uma pistola no carro e não comentou sobre a forma como foram feitos os disparos.

Luiz Souza/Fotoarena /Agência O Globo
Enterro Sofia Lara Braga, morta enquanto brincava na área infantil de lanchonete no Rio
Enterro Sofia Lara Braga, morta enquanto brincava na área infantil de lanchonete no Rio

O pai de Sofia, o policial militar Felipe de Souza Fernandes, gravou um áudio para colegas relatando de forma emocionada o caso, segundo o site do jornal "Extra". "Amigos do 16º, foi minha filha, foi minha filha. Foi uma perseguição vinda da (comunidade) Para-Pedro. Minha filha estava brincando no parquinho do Habib's de Irajá, e o tiro que o vagabundo deu atingiu minha filha. Ela não resistiu", disse, chorando.

Ele disse que percebeu o tiroteio logo no início e correu, assim como outros pais, para tirar a criança do brinquedo.

"Eu reconheci logo, levantei pra ver o que que estava acontecendo enquanto as mães que estavam ao redor foram em busca dos seus filhos no brinquedo. Escutei a minha esposa gritando o nome da minha filha, perguntando 'Sofia? Sofia?', ela não aparecia. Quando eu escutei, fui correndo atrás também, não consegui achar. Quando saíram todas as crianças eu vi que, realmente, ela não saía. Subi na grade do brinquedo e vi que ela estava lá em cima, ensanguentada na cabeça", contou o pai de Sofia, na porta do IML (Instituto Médico Legal).


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