Folha de S. Paulo


Ciro Pinheiro e Campos (1947-2017)

Mortes: Advogado amante de praias e livros

Filho de juiz, Ciro Pinheiro e Campos nunca teve dúvidas em relação a carreira que seguiria. Terminou a faculdade já pronto para o concurso, o que nem era possível, já que ele tinha menos de 25 anos.

Entrou para a magistratura no início dos anos 1970 atuando em comarcas do interior paulista, como Campinas, Junqueirópolis, Tatuí, até retornar para São Paulo, onde se tornou desembargador.

Com seu jeito calmo e contido, fazia amizades por onde passava –característica que trazia desde a infância. Manteve até recentemente reuniões quase periódicas com o pessoal do Colégio São Luís, da graduação na PUC, da praia que frequentava no Guarujá, do Tribunal de Justiça.

Em 2010, assumiu a presidência da secção criminal do TJ, última parada antes de se aposentar, em 2012. Não foi, porém, a última parada de sua carreira. A reta final foi dedicada para a defesa criminal. Advogou até seu último dia. Incentivou a informatização do TJ, participando do envio do primeiro processo eletrônico ao STJ e da criação do voto eletrônico de acórdãos.

Fora dos tribunais, gostava de programas calmos. Leituras, passeios na praia, um bom restaurante. Sempre acompanhando da mulher, Yara, lembra a enteada Daniela. "Pareciam uma única pessoa, os dois estavam sempre juntos", afirma sobre a união que completou 25 anos.

Morreu dia 9, aos 69, em decorrência de um infarto. Deixa a mulher, dois filhos, dois enteados e quatro netos.

A missa de sétimo dia será às 18h desta terça-feira (17), na Paróquia Nossa Sra. da Esperança, av. dos Eucaliptos, 556, Moema, zona sul de SP.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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