Folha de S. Paulo


Dom Gabriel Iróffy (1927-2016)

Mortes: Beneditino amante da música e do ensino

"Reza e trabalha", diz o lema da Ordem de São Bento. Pois o beneditino dom Gabriel Iróffy fez muito mais que isso: sem descuidar desses pilares, aprendeu, ensinou e amou a música e os idiomas.

Nascido em Budapeste, capital da Hungria, em março de 1927, graduou-se em 1946 em teologia na Universidade de Santo Anselmo, em Roma.

Migrou em 1952 para o Brasil, onde foi acolhido pelo Mosteiro São Geraldo de São Paulo, fundado por húngaros –seu país natal, ocupado pelos soviéticos, não permitia a atuação de religiosos.

No ano seguinte, passou a lecionar no colégio Santo Américo, outra iniciativa dos monges vindos da Hungria.

Além de ensinar, também tratou de estudar e graduou-se, em 1960, em línguas anglo-germânicas na USP. A lista de idiomas que dominava era mais que extensa.

Conhecia húngaro, português, inglês, italiano, espanhol, russo, alemão, japonês, chinês, coreano, bantu, francês, finlandês, romeno, croata, mongol, grego e aramaico. "Era uma sumidade. Escrevia bem nos mais diversos alfabetos", conta Rudolf Riederer, que conviveu com dom Gabriel desde 1959.

Formou gerações de alunos no Santo Américo, colégio do qual foi reitor de 1975 a 2002. Na música, seu outro amor, fundou o Espaço Musical Eszterháza e idealizou o Projeto Arrebol, que leva educação musical para mais de 300 crianças de Paraisópolis.

Morreu no dia 26, aos 89 anos, e foi sepultado na cripta da paróquia São Bento do Morumbi –onde será realizada a missa de sétimo dia em sua homenagem, nesta segunda-feira (2), às 19h.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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