Folha de S. Paulo


Denise Iramar Jacometti Carpenter (1959-2016)

Mortes: Aluna ou professora, nunca deixou a escola

Denise Jacometti nunca deixou de vez a escola. Após o ensino básico, alternou seu status de aluna com o de professora e diretora, mas fazia questão de continuar apreendendo e ensinando. "Muitas vezes fazia os dois simultaneamente", lembra a filha Laís.

Após o ensino médio, essa ribeirão-pretana emendou as graduações em biologia, letras e pedagogia –a mais recente concluída há menos de cinco anos–, além de cursos variados de pós-graduação.

Também deu aulas de inglês em escolas públicas por 15 anos, até comprar a escola Bauhaus de Ribeirão Preto, em 2005. Nessa fase, ela precisou usar o tino empreendedor herdado do pai. Pegou o colégio em crise, com cerca de 40 alunos, e o transformou numa referência na região, com 1.800. Abriu até uma segunda unidade, em Piracicaba, no interior paulista.

Diretora da unidade de Ribeirão, Denise até recentemente chegava às 8h e só deixava o local por volta das 22h.

No pouco tempo que tinha de lazer, ela gostava de jogar vôlei, de nadar. Gostava mais das atividades agitadas.

As viagens também eram uma paixão. Visitava desde lugares luxuosos na Europa até miseráveis na África, onde fez trabalho voluntário com um grupo religioso. "Foram os alunos do Estado que deram a ela essa vontade de ajudar. Tinha crianças órfãs, outras que iam pra escola só pra comer. Isso mexeu com ela", conta Laís. Acabou sendo chamada de "madre Teresa" pelos colegas de trabalho.

Morreu dia 27, aos 57 anos, de câncer. Mas não foi antes de conhecer a única netinha. Deixa marido, irmãos, quatro filhos e a pequena Luana.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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