Folha de S. Paulo


Cadeirinha em van escolar deixa de ser obrigatória devido a 'baixa oferta'

Fabio Braga/Folhapress
ORG XMIT: 425301_0.tif SÃO PAULO, SP, BRASIL, 17-09-2010: Eunice Teixeira Rosália, 50, motorista de van escolar, ajuda criança entrar no veículo no bairro de Higienópolis, em São Paulo (SP). Conselho Nacional de Trânsito (Contran) vai regulamentar o transporte de crianças em veículos escolares. (Foto: Fabio Braga/Folhapress, 3517)
Motorista ajuda criança a subir em van escolar

O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) suspendeu, nesta quinta-feira (1º), o uso obrigatório de cadeirinha para crianças de até sete anos e meio nos transportes escolares. A decisão, anunciada no "Diário Oficial" da União, considera a "baixa oferta no mercado" do equipamento.

A cadeirinha era exigida nos veículos desde julho do ano passado. Segundo o Contran, a suspensão dura até que sejam fabricados transportes escolares com cintos de segurança e moldes adequados para fixar o acessório de crianças e haja mais equipamentos à venda no mercado.

O Conselho disse, na suspensão, que não há dispositivos suficientes sendo vendidos para atender à quantidade de veículos escolares em circulação. Afirmou que há "dificuldades técnicas, econômicas e sociais para a adaptação dos veículos escolares" à exigência do equipamento.

O Contran também declarou que são necessários mais estudos para avaliar a eficiência da adaptação ao uso da cadeirinha em veículos mais antigos.

No "Diário Oficial", o Conselho ainda afirmou que fundamenta as decisões em duas regras da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o trânsito, em uma audiência pública sobre o uso da cadeirinha e em três sentenças judiciais.

O Contran é o órgão máximo que decide sobre o Código Brasileiro de Trânsito. O Conselho é formado por representantes de nove ministérios e da Agência Nacional de Transportes Terrestres.


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