Folha de S. Paulo


Manifestantes invadem Secretaria da Segurança de SP em ato contra chacina

Fabio Braga/Folhapress
SAO PAULO,SP,10.11.2016, BRASIL, Manifestantes fizeram um ato no Largo Sao Francisco, no Centro da cidade, e entraram na sede da Secretaria da Segurança Publica eles faziam um protesto pela morte dos cinco rapazes encontrados mortos em uma mata de Mogi das Cruzes, na Grande Sao Paulo. Foto Fabio Braga / Folhapress COD: 3517
Manifestantes durante protesto no centro de São Paulo, nesta quinta-feira (10)

Um protesto contra a chacina dos cinco jovens da zona leste de São Paulo se transformou em uma confusão no início da noite desta quinta-feira (10), no centro da cidade.

Manifestantes invadiram a sede da Secretaria da Segurança Pública, na rua Líbero Badaró, por volta das 19h45. O grupo queria protocolar um ofício com o secretário, Mágino Alves Barbosa Filho.

Em entrevista para a Folha publicada nesta quinta, Mágino disse que a Polícia Militar é vítima de preconceito e que não há evidência concreta da participação de policiais no desaparecimento e morte dos cinco jovens.

O ato pedia o fim da Polícia Militar e a saída do governador Geraldo Alckmin (PSDB), sob a acusação de promover, por meio da PM, mortes sistemáticas de negros nas regiões periféricas da cidade.

"A escalada de mortes de jovens pobres e negros parece não ter fim", diz a descrição do evento convocatório no Facebook. Mais de 80 coletivos de movimentos negros e de direitos humanos assinam a convocação, entre eles o Mães de Maio, formado por familiares das vítimas dos crimes de maio de 2006.

O secretário, que chegava de viagem, viu a aglomeração e concordou em receber representantes do movimento, desde que desocupassem o saguão da secretaria. Enquanto os manifestantes discutiam o assunto por meio de um jogral, o secretário decidiu ir até o meio das lideranças. Foi então que começou o empurra-empurra, e atiraram água em Mágino e seus assessores.

O secretário foi alvo de cusparadas e de gritos de "genocida", e deixou o local cercado de seguranças. Os manifestantes foram embora sem entregar o documento e ficaram de voltar na próxima semana para serem atendidos por Mágino.

Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, a situação foi controlada.

As feridas de maio - PCC


Endereço da página:

Links no texto: