Folha de S. Paulo


Em vídeo, PM de SP diz que queixas atingem só 0,003% de sua atuação

vídeo PM

A Polícia Militar do Estado de São Paulo lançou um vídeo apontando que as reclamações por uso de força excessiva feitas conta a corporação representam apenas 0,003% de todas as interações policiais. Segundo a publicação, as pessoas estão mais sujeitas a serem vítimas de estupro, acidente e até assassinato do que do abuso da polícia.

O balanço apresentado pela corporação considera todos os tipos de interação policial, como orientação de trânsito, envolvimento em acidente, denúncia de crime, entre outros. Em 2015, foram mais de 35 milhões interações, que geraram 5.520 reclamações contra a PM. Dessas, 1.113 podem ser relacionadas ao uso excessivo da força.

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"Em relação a possibilidade de ser vítima de força excessiva por parte da polícia, você está 57 vezes mais sujeito a ser assassinado, 90 vezes mais sujeito de morrer em um embate com seu carro e 128 vezes mais sujeito a ser estuprado, não por um policial", ressalta o vídeo.

Apesar da comparação apresentada pela polícia paulista, a Folha mostrou nessa sexta (28) que ao menos nove pessoas morrem diariamente em decorrência de intervenções policiais no país. Em 2015, 103 policiais morreram em confrontos durante o expediente no Brasil e quase o triplo, 290, foram mortos fora do serviço. A soma dos números mostra que, em média, um policial foi morto por dia no ano passado.

Com uma realidade bem diferente, Inglaterra e País de Gales, tiveram apenas 55 disparos fatais entre 1990 e 2014. A cada seis dias, o número de mortos pela polícia no Brasil se iguala a essa marca atingida em duas décadas e meia no Reino Unido.

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