Folha de S. Paulo


Leopoldo da Costa Duarte (1928-2016)

Mortes: Geógrafo reservado, cuidou de familiares

Nascido em Jaboticabal (SP) e criado no interior paulista com cinco irmãos, Leopoldo da Costa Duarte gostava de bagunçar na infância sempre acompanhado de um cachorro, com um dos irmãos.

Era frequente que deixassem o cão como vigia enquanto roubavam frutas do pé de algum vizinho. Ao ouvir os latidos, partiam em fuga. O companheiro canino chegou até a salvá-lo de um afogamento em um banho de rio.

Teve uma vida ligada à docência. No ensino fundamental, foi aluno de sua irmã, dez anos mais velha. No futuro, ele daria aula a um dos filhos.

No início da adolescência, foi enviado pelo pai para uma fazenda no interior do Paraná, para escapar de uma eventual convocação para a Segunda Guerra Mundial. Só voltou após o fim da guerra.

Na capital paulista, faria a graduação em geografia, matéria que lecionou pelo resto da vida profissional, no ensino público e privado. Reservado, passava um exemplo de retidão não apenas aos alunos, mas também a filhos e sobrinhos, os quais sempre ajudou.

Fumava apenas nas férias, em Caraguatatuba (SP), onde realizou o sonho de ter uma casa no litoral.

Gostava muito de pegar a estrada –de carro, chegou a ir até Natal e Buenos Aires.

Pouco demonstrava os sentimentos. Mudou ao acolher de volta em casa a caçula, Maria Amélia, então com 31 anos e com seu neto, Caio. A partir dali, passou a ser mais afetuoso. Perderia a filha para um câncer, anos depois.

Morreu no dia 22, após uma infecção. Deixa a mulher Cléa, os filhos Maria Aparecida e Leopoldo, e dois netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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