Folha de S. Paulo


Temer pede a Putin que Rússia reveja situação de brasileiro preso por tráfico

Mihail Metzel-16.out.2016/AFP
Os presidentes Vladimir Putin e Michel Temer durante encontro da cúpula dos Brics em Goa, na Índia
Os presidentes Vladimir Putin e Michel Temer durante encontro da cúpula dos Brics em Goa, na Índia

O presidente Michel Temer pediu ao colega russo, Vladimir Putin, que seu país reconsidere a situação do brasileiro Eduardo Chianca Rocha, 66, preso em Moscou há mais de um mês por portar chá de ayahuasca.

O chá, de efeito alucinógeno, é utilizado em terapias e rituais religiosos e seu uso no Brasil é permitido, mas contém uma substância chamada dimetiltriptamina que pode ser proibida em alguns países, como é o caso da Rússia.

O pedido foi feito durante a conversa que os dois líderes tiveram no jantar de abertura da cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em Goa, na Índia, no último sábado (15). Putin respondeu apenas que o chanceler russo, Sergei Lavrov, conversaria sobre o tema com o ministro José Serra nos próximos dias.

Arquivo pessoal
O terapeuta holístico Eduardo Chianca com indígenas da tribo Fulni-ô, em Pernambuco

O pesquisador e terapeuta holístico brasileiro está preso desde 31 de agosto. Ele foi pego com oito litros de chá de ayahuasca, que tem efeito alucinógeno, ao chegar à Rússia para dar um curso de terapia alternativa.

Rocha está sendo investigado por tráfico internacional de drogas, já que o chá –usado em rituais religiosos e terapias– possui a dimetiltriptamina, substância proibida na Rússia.

A família de Rocha diz que o terapeuta já tinha viajado várias vezes à Rússia, desde 2010, portando esse mesmo tipo de chá, e que não sabia que a substância era proibida.


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