Folha de S. Paulo


Arlindo Bessa Neto (1950-2016)

Mortes: Um palmeirense organizado e detalhista

Arquivo Pessoal
Arlindo Bessa Neto (1950-2016)
Arlindo Bessa Neto (1950-2016)

Nascido em Palmeira (PR) –o que o tornava palmeirense duas vezes– Arlindo Bessa Neto foi o segundo dos seis filhos de um casal de professores. Quando pequeno, em uma viagem, a porta do carro se abriu numa curva da estrada de terra e o menino caiu. Só deram por sua falta metros adiante.

Ficou apenas sujo, mas foi o suficiente para que a mãe proibisse os filhos de encostar na porta do carro.

Ainda criança, mudaram-se para Jacarezinho, no norte do Paraná. Na garagem de casa, com os irmãos Reinaldo e Júlio, faziam uma mercearia fictícia e "vendiam" de tudo. Se a mãe queria usar a lata de azeite, tinha que "comprar" dos filhos, com dinheirinho de papel. No futuro, Arlindo seria bancário.

Organizado e detalhista, guardava uma pilha de gibis no guarda-roupas, um virado para cima e outro para baixo, para a pilha não entortar.

Invariavelmente, os irmãos retiravam escondido algum gibi da pilha para ler e depois tinham que achar o lugar exato para devolver, com medo de que Arlindo percebesse.

Ganhou o apelido de "Corujão" por gostar de ficar aprontando até tarde –como quando convenceu os irmãos a remover metade do telhado de casa, para a bronca do pai.

Fez a vida em Palmital (SP). Era apaixonado pelo Palmeiras, do tipo que ouvia os jogos no radinho de pilha, roendo as unhas. Por hobby, chegou a ser comentarista de um programa de mesa redonda em uma rádio local.

Morreu no dia 10 de setembro, aos 66, em Assis (SP), em decorrência de uma pneumonia. Deixa cinco irmãos, a mulher Valmira, o filho Carlos Eduardo e dois netos.

Arquivo pessoal
Arlindo Bessa Neto (1950-2016), com a mulher, Valmira, e os netos João e Helena, gêmeos
Arlindo Bessa Neto (1950-2016), com a mulher, Valmira, e os netos João e Helena, gêmeos

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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