O traficante Nicolas Labre Pereira de Jesus, 28, conhecido como Fat Family, foi morto na manhã desta segunda (26) no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, durante uma operação da Polícia Civil.
Fat Family era procurado desde junho, quando traficantes o resgataram do hospital municipal Souza Aguiar, no centro do Rio, onde ele estava internado sob custódia. Ele era suspeito de atuar no tráfico de drogas no morro Santo Amaro, no Catete, zona sul do Rio.
À época do resgate, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame determinou o afastamento do coronel Wagner Nunes, responsável pelo policiamento da área do hospital.
Buscas anteriores por Fat Family já haviam deixado ao menos oito mortos. A operação desta manhã deixou mais dois suspeitos mortos. Segundo a Polícia Civil, os dois eram seguranças de Fat Family.
| Divulgação/PM | ||
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| O criminoso Nicolas Labre Pereira de Jesus, conhecido como Fat Family |
INVASÃO
Em junho, um grupo de ao menos 15 pessoas invadiu o hospital municipal Souza Aguiar, no centro do Rio, durante a madrugada, para resgatar o traficante. Houve tiroteio com policiais, e um paciente foi morto. Um técnico de enfermagem e um policial também foram baleados.
A Secretaria de Segurança no Rio informou, na época, que já sabia do plano dos bandidos, mas não conseguiu evitar a invasão. O Hospital Souza Aguiar tem a maior emergência do Estado. Fat Family estava internado sob custódia desde o início de junho, quando foi baleado pela polícia durante uma operação de combate ao tráfico.
O grupo chegou em quatro motos e cinco carros, armados de fuzis, pistolas e granadas. No pátio do hospital, os bandidos renderam e fizeram de refém um ambulante. Depois obrigaram uma funcionária a mostrar onde estava o preso. Eles subiram até o sexto andar e cortaram a algema de Fat Family com um alicate. Na fuga, roubaram um carro no estacionamento.
O paciente morto no tiroteio aguardava atendimento no Souza Aguiar. Ele fazia bico como segurança em uma boate da Lapa, na região central, e havia sido atingido na mão com uma garrafada. Também foram baleados o policial Fábio Ferreira da Silva e o técnico de enfermagem Júlio César dos Santos Basílio.
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Três dias após a ação, o secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, determinou o afastamento do coronel Nunes, responsável pelo policiamento da área do hospital.
A Folha apurou que o secretário considerou falta grave que, passadas 48h do resgate, a PM do Rio ainda não havia apresentado um relatório detalhado sobre a ação da polícia para evitar a ação.
Os coronéis da PM não conseguiram explicar ao secretário como a Polícia Militar se planejou após receber a informação de que criminosos planejavam o resgate.