Os ciclistas receberão crédito em seus Bilhetes Únicos se usarem a bicicleta para ir ao trabalho em vez do transporte público tradicional em São Paulo. O benefício só estará disponível para aqueles que tiverem cadastro no Bilhete Único mensal, estudantil ou vale-transporte.
Os créditos, que serão calculados de acordo com a distância percorrida, poderão ser convertidos em serviços de manutenção da bicicleta, na compra de peças e acessórios ou de uma nova bicicleta, no pagamento de serviços públicos (água, luz e gás), e em aplicativos de transporte individual, como táxi e Uber.
A medida foi sancionada pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e publicada no "Diário Oficial" da Cidade desta quinta (22). As regras de como será feita a contagem do percurso diário da bike e a fiscalização pela administração municipal serão divulgadas em 90 dias e entra em vigor a partir de 1° de janeiro de 2017.
O cilista receberá até R$ 1,91 por viagem, segundo valores atuais, se não utilizar ônibus em seu trajeto diário. É o mesmo valor máximo pago pelo governo em subsídio às empresas de transporte. Aqueles que andarem em horário de pico receberão créditos maiores. A expectativa é que 200 mil ciclistas façam o cadastrado no programa em quatro anos.
De autoria do vereador José Police Neto (PSD), o Programa Bike SP tem como objetivo incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte, com vistas a melhorar as condições de mobilidade urbana em São Paulo e, assim, desafogar o transporte público. O programa será coordenado pela Secretaria Municipal de Transportes, com apoio da Secretaria Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico.
Outros países também têm incentivos para aumentar o uso de bicicleta. Em 2014, por exemplo, a França fez um experimento de seis meses com cerca de 20 empresas, que possuíam 10 mil funcionários no total, em que pagava € 0,25 por quilômetro percorrido de bicicleta.