Folha de S. Paulo


Mulher suspeita de agredir e matar dentista em SP se entrega à polícia

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Muro pichado na Zona Norte da capital paulista. Pichadores espancaram dentista até a morte
Muro pichado na zona norte da capital paulista; pichadores espancaram dentista até a morte

Mais uma pessoa suspeita de participar da agressão e morte do dentista Welinton Silva, 39, e de agredir seu pai, Manuel, na zona norte de São Paulo, se entregou à polícia na madrugada desta terça (16).

O crime aconteceu no dia 6 de agosto após o dentista se envolver em uma briga e ser espancado por um grupo de homens que picharam a fachada de sua casa no Jaraguá.

Imagens de câmeras de segurança mostraram quando os homens pararam em frente à casa do dentista e começa a pichar o muro. Segundo o boletim de ocorrência, eles fugiram quando Welinton e seu pai, um aposentado de 76 anos, foram ver o que acontecia fora de casa. O aposentado permanece internado em estado grave, com infecção na mão, no Hospital das Clínicas.

De acordo com a polícia, Marivone Pereira da Silva, 51, se apresentou durante a madrugada no 33° DP (Pirituba) e teve prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça. Ela é namorada de outro suspeito, Adilson Nascimento dos Santos, 41, que já tem passagem por homicídio e é considerado foragido.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que Marivone prestou depoimento e foi encaminhada para a carceragem feminina do 89° DP (Morumbi). Segundo a polícia, Marivone não teria participado da pichação da casa porque estava na parte de baixo da praça, mas uma testemunha afirmou que ela ajudou nas agressões.

Além dela, o pichador e ajudante de soldador Adolfo Gabriel de Souza, 38, também se entregou à polícia, no dia 10 de agosto. Na ocasião, ele afirmou que, depois da pichação na casa das vítimas, ele e mais quatro amigos foram beber em uma praça.

Souza conta que o aposentado chegou com um facão e quebrou o vidro de seu carro, um Gol, que foi flagrado pelas câmeras de segurança da casa da vítima. O pai do dentista também pegou a chave do carro, disse."Ele (o pai) perguntou se éramos os pichadores. Eu disse que sim, falei para trocar uma ideia e ele já veio para dar um facão na cabeça, mas coloquei a mão e acertou meus dedos", afirmou Souza.

Além de Marivone e Adolfo, a polícia identificou mais quatro suspeitos de participarem da agressão ao dentista. Porém, segundo a secretaria, um dos suspeitos, Anaílson Felix da Silva, que se entregou à polícia nesta segunda (15), não foi reconhecido por testemunhas e liberado. São considerados foragidos Adilson Nascimento dos Santos, Lucas Rafael de Siqueira Nunes e Aluísio Denis Pires da Silva.


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