Deixar de viajar pelo Brasil devido ao medo da zika não esteve nos planos de paulistanos que fizeram turismo pelo país nos últimos 12 meses. Pelo menos, não entre os mais ricos, das classes A e B. Neste público, 91% não levaram em consideram risco de contaminação como decisão para deixar de passear.
O dado foi extraído de pesquisa Datafolha realizada entre os dias 09 e 14 de junho, com 827 moradores da cidade de São Paulo, a partir de 16 anos, com renda igual ou superior a 10 salários mínimos. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Dos 9% que afirmaram não ter viajado com medo da zika, a maior parte é de mulheres, com idades entre 25 e 40 anos, com ensino fundamental e médio. Entrevistados da zona leste e do centro da cidade foram os que mais disseram ter desistido do turismo nacional em decorrência do medo da doença.
De acordo com boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado em junho, o Brasil registrou 138.108 casos prováveis do vírus da zika em 2016 –a taxa de incidência no país é de 67,6 casos para cada 100 mil habitantes. Os Estados com maior taxa são Mato Grosso, com 558,1 casos/100 mil habitantes, Bahia, com 265,9 casos/100 mil habitantes e o Rio de Janeiro, com 230,8 casos/100 mil habitantes.