Folha de S. Paulo


Mais duas pessoas relatam ataques com seringa na av. Paulista, em SP

Polícia Civil
O suspeito Antônio Nogueira de Santana, 43, preso no sábado
O suspeito Antônio Nogueira de Santana, 43, preso no sábado

Mais duas mulheres afirmaram à polícia terem sido atacadas pelo homem preso no sábado (30), em São Paulo, sob suspeita de perfurar pessoas com uma seringa.

Até a última semana, a polícia tinha divulgado duas vítimas, uma médica peruana, atacada na avenida Paulista, e uma estagiária de 24 anos, ferida na linha 4-amarela.

Antônio Nogueira de Santana, 43, que aparenta ser morador de rua, estava sendo monitorado por policiais do 78º DP (Jardins) desde quarta-feira (27), quando foi detido e liberado porque duas vítimas não o reconheceram.

Na noite de sábado, os agentes encontraram Santana com uma seringa com agulha e um alicate, que serão analisados pela perícia. A Justiça decretou prisão preventiva do suspeito por 30 dias.

Polícia Civil
Alicate, seringa e agulha achados com o suspeito de atacar mulheres
Alicate, seringa e agulha achados com o suspeito de atacar mulheres

Nesta segunda, após divulgada a prisão, duas vítimas procuraram a polícia. A jornalista Ivanna Fabiane, 48, foi uma delas, que disse ter sido atacada no final de maio na estação Consolação, da linha 2-verde do metrô.

"Eu descia a escada e ele estava parado, mas quando senti a picada achei que era uma abelha. Só agora com a divulgação é que fiquei preocupada e, ao ver o retrato falado, lembrei dele. Eu tenho certeza que é ele", disse.

Outra vítima, a secretária executiva Letícia Gagliardi Valentim da Silva, 21, contou que foi atacada na última quinta-feira (28) na estação Sé. Ela diz ter procurado a polícia porque achou melhor para fazer os exames. "Fiquei muito preocupada, mas já informaram que os resultados deram negativo. Vou fazer novos exames daqui a seis meses", afirmou.

Uma outra mulher foi ao 78º DP nesta segunda e não reconheceu Santana, apenas as roupas usadas por ele. Investigadores afirmam que o suspeito sofre de distúrbios mentais e, em seu depoimento, disse coisas que não faziam sentido.

A polícia não divulgou o teor do documento e não informou se ele confessou os ataques. A Secretaria da Segurança Pública investiga a motivação das agressões.

Os agentes esperam os laudos das vítimas para saber se havia alguma substância dentro da seringa ou se estava vazia. As mulheres fazem exame de corpo de delito. Equipe de investigação acredita que novas vitimas vão procurar a polícia.


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