Folha de S. Paulo


Bilhete Único anônimo tem recarga suspensa em São Paulo

A SPTrans, o Metrô e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) suspenderam nesta segunda (1º) a recarga do Bilhete Único nas modalidades Semanal e Diário para cartões anônimos, aqueles que não estão cadastrados no nome dos passageiros.

A medida é temporária e será reavaliada em 30 dias. Ela busca evitar fraudes no sistema. A modalidade Mensal do Bilhete Único não sofrerá alterações.

Em janeiro, uma reportagem do jornal "Agora" mostrou que ambulantes vendiam por R$ 3 a passagem de R$ 3,50 (sem o aumento), na estação Celso Daniel - Santo André, da linha 10-turquesa da CPTM. Também em janeiro, na estação Barra Funda (zona oeste), da linha 3-vermelha do Metrô, os fraudadores vendiam a passagem por R$ 4 –passageiros ficavam em fila de até 40 minutos para comprar bilhetes.

Para aplicar o golpe, os ambulantes carregam o Bilhete Único Diário, que oferece viagens ilimitadas, durante 24 horas, por R$ 16. Em seguida, eles entregam o cartão para o passageiro que o devolve logo após passar pela catraca, permitindo que seja usado depois por outra pessoa.

Com a suspensão da recarga, a SPTrans afirmou que pretende ampliar a "proteção tecnológica" das transações. O Metrô e a CPTM são companhias ligadas à gestão Geraldo Alckmin (PSDB).

A SPTrans afirmou também que os créditos adquiridos anteriormente serão utilizados normalmente até seu término. "Os cartões anônimos continuarão em circulação, podendo receber crédito na modalidade comum em dinheiro", afirmou, em nota, a empresa.


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