Folha de S. Paulo


Suspeito de matar jovem com pedra na Imigrantes confessa crime, diz polícia

A Polícia Civil divulgou nesta segunda-feira (6) que um rapaz de 19 anos, suspeito de atirar a pedra em uma tentativa de assalto que deixou um estudante morto na rodovia dos Imigrantes, em Cubatão (litoral de São Paulo), confessou o crime em interrogatório.

Marcos Augusto Ferreira da Silva, o Menor Pó, 19, foi preso na última sexta-feira (3) na Vila Esperança, comunidade às margens da rodovia, em uma operação da Polícia Militar. A pedrada resultou na morte de Reinaldo Lima de Souza Junior, 17.

Silva admitiu ainda seu envolvimento na tentativa de assalto. De acordo com o delegado Gaetano Vergine, o rapaz disse que atirou a pedra porque pensou que o veículo em que Lima Junior, um Fiat Idea, avançaria contra ele.

O suspeito afirmou, ainda segundo Vergine, que atirou a pedra para forçar a parada do veículo. Após a pedra atingir o estudante na cabeça, o bando fugiu sem nada roubar.

Um segundo acusado, Luiz Fernando Bento de Oliveira, o Neguinho, 18, foi detido na mesma operação de sexta e também confessou o crime, disse a polícia.

OBJETIVO

Diretor da Polícia Civil na Baixada Santista e Vale do Ribeira, Vergine diz que o objetivo de Oliveira era roubar algum objetos durante a ação criminosa.

Os dois detidos tiveram a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça. Silva não tinha antecedentes criminais, enquanto Oliveira tem passagem por receptação, segundo a polícia.

Um adolescente de 15 anos também é apontado como envolvido no crime e teve ordem de captura determinada pela Justiça, mas ainda não foi achado. Segundo Vergine, entre 8 e 10 pessoas devem estar envolvidas no crime.

"São pessoas que se reúnem em um momento determinado para praticar o delito. Um convida o outro e eles vão para a estrada para praticar esse tipo de delito. Não é uma quadrilha organizada. São criminosos oportunistas que se utilizaram de pedras e troncos para praticar esse delito", afirmou o delegado.

A ação da PM que resultou nas capturas foi integrada com a investigação da Polícia Civil. "A troca de informações entre as duas polícias foi fundamental para esse resultado", disse o coronel Ricardo Ferreira de Jesus, comandante da PM na Baixada e Vale.

A polícia não soube dizer se os detidos já têm advogados. Até esta segunda, nenhum defensor procurou a instituição.


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