Folha de S. Paulo


Grupo põe fogo em carreta e bloqueia rodovia para tentar roubar carro-forte

Uma tentativa de assalto a um carro-forte foi frustrada na noite desta segunda-feira (30) na rodovia D. Pedro 1º, que liga Campinas a Jacareí (SP), no Vale do Paraíba.

Por volta das 20h, a estrada foi bloqueada pelos criminosos com uma carreta em chamas no quilômetro 89 (próximo à saída para Jarinu, cidade a 68 km de São Paulo), no sentido Campinas.

Com o congestionamento –que chegou a 10 km em ambos os sentidos, segundo a concessionária Rota das Bandeiras– causado pelo bloqueio, o grupo armado com fuzis então abordou um carro-forte da transportadora de valores Protege parado no trânsito e tentou aplicar explosivos para arrombá-lo. Não chegou a haver detonação, no entanto.

Os vigilantes da Protege reagiram e a Polícia Rodoviária Estadual chegou. Houve troca de tiros dos criminosos com os policiais e vigilantes, e o grupo fugiu em um Toyota Corolla preto, sem levar nada.

Na confusão, um dos vigias do carro-forte se feriu, em uma queda. Ele está em estado estável de saúde.

Às 21h10, o incêndio foi controlado. O trânsito está liberado em ambos os sentidos e uma equipe do esquadrão antibombas foi ao local para remover os explosivos deixados para trás. Ainda não há informações sobre os suspeitos da ação, foragidos.

MEGA-ASSALTOS

Crime muito semelhante como o tentado nesta segunda ocorreu em abril na rodovia Anhanguera. Uma quadrilha explodiu o cofre de um carro-forte e roubou o dinheiro.

O interior paulista vive uma série de assaltos de grande porte nos últimos meses. Só em Campinas, duas transportadoras de valores foram alvo de mega-assaltos recentemente. Um em novembro, na Prosegur, e outro em março, na Protege.

Além disso, uma empresa de segurança na cidade teve roubadas 60 armas no dia 1º. Outra transportadora de valores foi assaltada em Santos, em abril.

A rotina de ações criminosas do tipo, com a utilização de armamento pesado, tem sido frequente no país. Ao menos outros seis Estados (Pernambuco, Bahia, Piauí, Ceará, Rio Grande do Sul e Espírito Santo) tiveram registros recentes deste tipo de crime.


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