Folha de S. Paulo


Maria Ignez Faria Ferraz (1942-2016)

Mortes: Uma assistente social que não media esforços

Quem não conhecia bem Maria Ignez Faria Ferraz podia ser enganado pelo seu jeito meigo, tranquilo. Muitas vezes, ele escondia a força e a determinação que tinha quando queria alguma coisa.

Filha de um comerciante e uma professora, Maria Ignez desde pequena se preocupou com os outros, queria ajudar. Não ligava para vaidade e não tinha problema em doar um presente logo após ganhá-lo.

Assim, a escolha pela profissão de assistente social aconteceu de forma natural.

Nascida em São Paulo, ela passou alguns anos na França e muitos em Atibaia (a 64 km de São Paulo), onde consolidou sua carreira. Foram várias as áreas em que atuou.

Mesmo quando deixava seu turno no trabalho, mantinha a dedicação aos outros com sua devoção e militância religiosa. Participava de seminários, fóruns e reuniões da igreja. Falava sobre o combate ao consumismo, ao comodismo, à falta de aproximação entre as pessoas.

"Era determinada, um pouco passional. O tipo de pessoa que dava nó em água", brinca a irmã Maria Lúcia.

Com a família, Maria Ignez era a agregadora. Assumiu o papel que era de seu pai, e mantinha irmãos, filhas e sobrinhos em contato, fosse com telefonemas ou com encontros em datas comemorativas.

Nas horas de lazer, gostava de tocar piano e de cantar no coral da igreja.

Aposentou-se no final dos anos 2000, quando também decidiu voltar para a capital paulista. Queria ficar mais próxima das duas filhas.

Morreu no dia 19, aos 73 anos, em decorrência de uma embolia pulmonar. Deixa duas filhas, irmãos e amigos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

-

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missas

-


Endereço da página:

Links no texto: