Apontado como namorado da menor vítima de estupro coletivo no Rio, Lucas Perdomo, 20, é jogador do Boavista, clube da primeira divisão do futebol do Rio. A Polícia Civil cogita pedir à Justiça a prisão dele e de mais três homens suspeitos de envolvimento no estupro.
A polícia tenta identificar outros 29 homens –a menina, em depoimento, disse que ficou cercada por 33 homens armados com fuzis.
Ela disse que foi para a casa do namorado na madrugada de sábado (21), na comunidade da Barão, em Jacarepaguá. A partir daí, afirmou só se lembrar de ter acordando no dia seguinte, domingo, em outra casa.
Perdomo nega o crime, que estivesse com a jovem e que fosse seu namorado.
A investigação teve início após um vídeo da jovem, nua e desacordada, ser postado em redes sociais na terça (24). Na gravação, um grupo de homens, em meio a risadas, toca nas partes íntimas da garota e diz que ela foi violentada por "mais de 30". Em 2009, a lei 12.015 foi alterada e passou a considerar, além da conjunção carnal, atos libidinosos como crime de estupro.
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ADVOGADOS
Eduardo Antunes, advogado do jogador, disse que seu cliente é inocente. No dia do crime, o jogador estaria no baile funk do morro com outra mulher e a adolescente, com outro homem. Os dois casais teriam ido para uma casa e ficado em quartos separados.
O jogador teria ido embora antes de qualquer coisa acontecer com a vítima. Tanto a mulher que estava com Lucas quanto o homem que ele afirmou estar com a vítima foram levados para prestar depoimento.
Perdomo atua no clube desde 2014 como profissional. Com o final do Estadual do Rio, o jogador está de férias. Ele é filho de uma emprega doméstica e de um pastor evangélico, segundo companheiros de clube.
Os advogados do Boavista já acompanham o caso. O contrato de Lucas termina no final do ano. Caso seja comprovada a participação do atleta no estupro coletivo, o Boavista vai rescindir o contrato.
Lucas estreou no time profissional em 2014 na Copa do Brasil. Neste período, ele marcou quatro gols pelo Boavista.