Folha de S. Paulo


Ao menos dez mil moradores continuam sem água em Pinheiros

Rivaldo Gomes/Folhapress
Tubulação da Sabesp estourou e alagou a rua João Moura, em Pinheiros
Tubulação da Sabesp estourou e alagou a rua João Moura, em Pinheiros

Cerca de dez mil moradores continuam sem água na região entre a rua João Moura e a avenida Cardeal Arcoverde, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, segundo a Sabesp (companhia estadual de saneamento). O rompimento de uma tubulação da empresa na madrugada desta quarta-feira (25) afetou até 13 bairros da capital paulista.

A Sabesp afirma que vai terminar a troca de uma válvula na área, que envolve cerca de 3.000 ligações, até o meio-dia de quinta-feira. Com isso, o abastecimento deve ser normalizado, retornando de forma gradual para os moradores da região. Os reparos na rede devem ser totalmente concluídos até as 22h.

De acordo com a empresa, além de Pinheiros, Jardim Europa, Vila Primavera, Vila Madalena, Itaim, Vila Olímpia, Vila Nova Conceição, Moema, Vila Uberabinha, Jardim Luzitânia, Parque Ibirapuera, Jardim Paulista e Jardim das Rosas podem ter apresentado intermitência no fornecimento. O abastecimento, nesses outros bairros, foi normalizado na noite de quarta, segundo a Sabesp.

PREJUÍZOS

Uma enorme cratera se abriu no local, provocando o vazamento de água. Em pelo menos dois prédios a água invadiu as garagens, danificando veículos. O vazamento inundou a rua João Moura, que ficou interditada entre a avenida Rebouças até a alameda Gabriel Monteiro da Silva.

A companhia disse que "vai indenizar prejuízos de sua responsabilidade e já instaurou uma investigação para determinar as causas do sinistro e apurar falhas no serviço anteriormente realizado".

O carro da administradora Liane Braga, 40, foi um dos atingidos pelo acidente. "Foi perda total", disse ela.

Ela contou que, no domingo (22), o zelador do prédio percebeu um pequeno vazamento na rua João Moura. No mesmo dia, uma equipe da Sabesp foi acionada e esteve no local. "Eles disseram que precisavam de maquinários e agendaram o serviço para terça-feira (24). De fato, na terça, ficaram aqui o dia inteiro até a madrugada", relatou.

De acordo com Liane, ao acordar, por volta das 6h de quarta, ela ouviu um barulho forte. "Pensei até que era chuva. Mas quando olhei pela janela, vi que era o vazamento. O volume de água era muito grande", comentou. Por conta da situação, ela perdeu o dia de trabalho.


Endereço da página: