Folha de S. Paulo


Chuva leve apaga semáforos e deixa trânsito mais complicado em SP

Apesar de fraca, a chuva que atinge São Paulo na manhã desta segunda-feira (16) causa entraves no trânsito em alguns pontos da cidade devido às falhas em semáforos. Não há nenhum ponto de alagamento.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou que dos 6.318 semáforos –ao menos 34 apresentam algum tipo de falha nesta segunda, como queda de energia. Pouco mais de 1.100 semáforos possuem nobreak (aparelho que armazena energia).

Com a chuva, esse número aumenta a cada minuto deixando os motoristas retidos em cruzamentos, o que amplia o congestionamento. Por volta das 8h30, a cidade registrava 107 km de morosidade –o que representa 12,4% dos 835 km de vias monitoradas, percentual abaixo do índice máximo para o horário que é de 12,8%.

A pior região é a zona sul com 40 km de lentidão. No horário, as piores vias eram a avenida 23 de Maio, em direção ao aeroporto de Congonhas (zona sul), com 4,7 km de retenção.

O meteorologista Adilson Nazário, do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura, afirmou que a chuva ocorre em decorrência de áreas de instabilidades com a chegada de uma frente fria ao Estado.

Dados preliminares mostram que choveu apenas menos de 3 mm até as 8h. Um dos motivos do baixo volume é que a frente fria é de rápido deslocamento, o que provoca chuva intermitente e fraca ao longo do dia. À noite e durante a madrugada, a chuva deve ficar mais intensa, mas sem grandes volumes. A frente fria passa rapidamente por São Paulo, mas ainda deixa o tempo fechado e chuvoso nesta terça-feira (17).

Por conta da chuva e da grande quantidade de nuvens, as temperaturas não devem se elevar muito nesta segunda. A temperatura máxima deve ficar em torno dos 24ºC, com percentuais de umidade entre 60% e 95%. Com a temperatura em declínio, os ventos provavam uma sensação mais intensa de frio aos paulistanos.

Nazário diz que a última chuva forte foi registrada no dia 25 de março, quando o CGE registrou, em média na cidade, cerca de 19,9 mm. Isso ocorre porque o mês de abril foi o mais seco desde 1995, ano em que começaram as medições por subprefeitura, em São Paulo. O volume precipitado foi de apenas 3,2 mm, o que corresponde a 4,7% da média esperada para o mês que é de 66,6 mm –o deficit de chuva em abril de 2016 foi de 95,3%.

De acordo com os modelos numéricos de previsão do CGE, em maio são esperadas chuvas dentro ou ligeiramente abaixo da média que é de 52,4 mm. O outono é uma estação de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco.

"O mês de maio ainda terá grandes variações nas condições do tempo e da temperatura. O El Niño, que se caracteriza pelo aquecimento anômalo das águas do pacífico equatorial, perdeu força nas últimas semanas e deve seguir mais fraco até o fim desta estação, quando finalmente não devemos mais sentir os seus efeitos", explica Thomaz Garcia, meteorologista do CGE.

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