A polícia prendeu um homem suspeito de provocar o incêndio que atingiu a favela Paraisópolis, na zona oeste de São Paulo, neste sábado (14).
Matheus Rodrigues da Silva, 20, teria iniciado o incêndio em um depósito de materiais recicláveis, na rua Herbert Spencer.
A prisão foi confirmada na manhã deste domingo (15) pela Secretaria da Segurança Pública. Policiais militares detiveram Silva por volta das 17h de sábado, pouco depois de o fogo se espalhar pela área.
O jovem inicialmente disse aos PMs que havia colocado fogo em fios de cobre, segundo a secretaria. Depois, no distrito policial, ele negou ter causado o incêndio e atribuiu o fogo a um curto-circuito.
Silva teria tentado fugir do local, mas foi contido por moradores, que tentaram linchá-lo. Ele deve responder por crime contra a incolumidade pública.
DESTRUIÇÃO
O incêndio na favela, uma das maiores da capital, se concentrou em uma área onde há mais barracos de madeira, diferentemente de boa parte de Paraisópolis, onde predominam casas de alvenaria. Cerca de cem moradias foram destruídas.
A prefeitura informou que 177 famílias desabrigadas foram cadastradas e receberam insumos entre a noite de sábado e a madrugada de domingo (15). O atendimento foi feito no CÉU Paraisópolis e em uma associação comunitária da região.
As vítimas podiam optar por ficar em centros de acolhida municipais, mas todas preferiram se abrigar em casas de familiares ou amigos, segundo a prefeitura. Foram distribuídos, ao todo, 345 colchões, 341 cobertores e 127 cestas básicas.
Famílias que ainda precisam de auxílio podem comparecer ao Cras (Centro de Referência em Assistência Social) Vila Andrade 1, na rua Doutor Jerônimo Campos Freire, 310.
Nesta segunda (16), a Defesa Civil e a Subprefeitura do Campo Limpo farão uma vistoria na região do incêndio para avaliar as condições dos imóveis.