Folha de S. Paulo


Luciano Fábio Santana Assis (1969-2016)

Mortes: Produtor gentil fazia os outros brilharem no palco

Arquivo Pessoal
Fábio Santana (1969-2016)
Fábio Santana (1969-2016)

Quieto, sensível, paciente. Fábio Santana era a estrela de suas peças, mas só nos bastidores. Era especialista mesmo em fazer os outros brilharem. Assim, trabalhou com Paulo Autran, Fernanda Montenegro, Raul Cortez.

Nascido na cidade baiana de Jequié, Luciano Fábio Santana Assis, conhecido apenas como Fábio Santana, se mudou ainda criança, com a mãe, para a capital paulista. Na adolescência, já era curioso em relação à música, ao teatro. Gostava de arte.

A entrada no mundo do teatro, porém, aconteceu de forma acidental, numa fila para tirar passaporte. Ouvia atento uma conversa do diretor de teatro José Possi Neto até ter coragem de se intrometer. Começava uma amizade e uma carreira de sucesso.

Passou a assistir aos ensaios de Possi, a trabalhar na operação de luz. Depois das luzes vieram as trilhas sonoras, até encabeçar produções. A mais recente foi "Chet Baker'', com Paulo Miklos.

O teatro logo se tornou sua família. Apesar de detalhista, era gentil e bem humorado, o que cativava todos. "Agora é provável que ilumine o céu", brinca a amiga Luiza.

No começo dos anos 2000 conheceu Regina, com quem se casou e teve duas filhas. "Foi o momento em que ele plantou raízes", comenta Possi. Hoje, estavam separados, mas mantinha a parceria, com passeios nas férias e almoços aos domingos.

Morreu no dia 25, aos 47, devido a um traumatismo craniano. Deixa as filhas, mãe, irmão e muitos amigos.

A missa de sétimo dia será às 19h desta segunda-feira (2) na Paróquia Nossa Senhora da Consolação, centro de SP.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

-

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missas

-


Endereço da página:

Links no texto: