Folha de S. Paulo


De cada 10 pessoas que buscam saúde em Ribeirão, 6 têm dengue confirmada

Pierre Duarte - 18.fev.2016/Folhapress
Pacientes com suspeita de dengue esperam atendimento em posto de saúde de Ribeirão

Cidade líder no ranking de casos de dengue neste ano em São Paulo, Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) registra a confirmação da doença em seis de cada dez pessoas que procuraram a rede municipal de saúde. Os dados são do boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (18).

Segundo o levantamento, os casos se referem aos três primeiros meses deste ano. Ao todo, foram confirmados até março 29.446 casos da doença, para 49.086 pacientes que procuraram unidades de saúde do município.

Com epidemia decretada já nos primeiros dias do ano, Ribeirão já teve duas mortes atribuídas à dengue –há outras dez em investigação.

Em março, foram confirmados mais 8.030 casos, que se somam aos 12.739 do mês anterior e aos 8.677, de janeiro.

Segundo o secretário da Saúde de Ribeirão Preto, Stenio Miranda, o ritmo de novos casos suspeitos tem apresentado redução nas últimas semanas –em média, 300 por dia, ante os até 700 do pico da epidemia, em fevereiro.

Apesar disso, a cidade deve ter neste ano a pior epidemia de sua história. Até aqui, 2010 foi o ano com mais confirmações da doença, com 29.637 casos. Faltam, portanto, 191 casos para a marca ser batida.

Além do crescimento no total de casos de dengue, o município enfrenta o avanço de zika e chikungunya, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

CASOS

Foram registrados até aqui 4.332 suspeitas de zika, dos quais 642 em gestantes que apresentaram manchas vermelhas no corpo e foram submetidas a exames laboratoriais.

Dos 156 exames cujos resultados já são conhecidos, 122 confirmaram que as gestantes contraíram o vírus. As outras 34 notificações foram descartadas.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica, não houve registro de casos suspeitos de microcefalia relacionados ao vírus.

Há, também, 126 suspeitas de chikungunya, das quais cinco foram confirmadas até março.


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