Folha de S. Paulo


Contra H1N1, igrejas do interior de SP suspendem mãos dadas em orações

Diante do surto de gripe H1N1, as paróquias da região do Vale do Paraíba vão adotar mudanças na liturgia das celebrações: as orações de mãos dadas e a procissão do ofertório serão suspensas, assim como outros rituais praticados durante as missas.

A orientação é da diocese de Taubaté, que abrange 11 municípios da região. Em circular emitida nesta quarta-feira (30), o bispo dom Wilson Luís Angotti Filho determina, ainda, que as saudações de paz devem ser evitadas, e que os padres não devem entregar a hóstia diretamente na boca dos fiéis.

O comunicado indica também que os responsáveis pelas paróquias devem "promover a maior ventilação possível" nos ambientes onde acontecem as celebrações e reuniões, e recomenda atenção dobrada durante a comunhão para os doentes.

As restrições são adotadas todos os anos nesta época, segundo Elair Ferreira, vigário-geral da diocese de Taubaté. O padre acredita que outras dioceses do Estado vão fazer as mesmas recomendações. "Todas as igrejas precisam tomar essa atitude de promover a vida e cuidar dos seus fiéis", diz.

A maioria dos casos de gripe H1N1 são registrados no inverno, mas neste ano as ocorrências começaram a aparecer em janeiro, despertando a atenção das autoridades.

O Brasil já acumula 305 casos, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde. O Estado de São Paulo responde por 87% das ocorrências, com 266 casos.

São José do Rio Preto é epicentro do surto de H1N1 no Estado, com 82 casos e dez mortes. A diocese da região ainda não oficializou nenhuma recomendação, mas em algumas igrejas há informações disponíveis para os fieis.

Na paróquia Sagrado Coração de Jesus, por exemplo, circulam panfletos informativos sobre a doença e, durante a homilia, o pároco alerta os fiéis sobre os riscos de dar as mãos.

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