Folha de S. Paulo


Após inundação em escola do litoral de SP, alunos vão estudar em contêiner

Um mês depois da forte inundação que atingiu São Sebastião, no litoral paulista, 436 alunos continuam sem aula após uma escola em Juquehy ter sido parcialmente destruída pela chuva.

Alegando não ter vagas em outras unidades, a prefeitura anunciou que irá instalar contêineres na escola para que as aulas possam ser retomadas no próximo dia 11.

Metade das 19 salas de aula da escola Nair Ribeiro de Almeida estão interditadas desde o último dia 1º. Em algumas, o deslizamento de terra derrubou paredes.

Com risco de novos deslizamentos e sem previsão de quando as salas serão reformadas, o prefeito Ernane Primazzi (PSC) contratou uma empresa para instalar seis contêineres no local.

O contrato com a empresa Zap Indústria Comércio de Equipamentos, no total de R$ 73 mil, foi assinado em 10 de março, mas até agora as estruturas não estão prontas.

Segundo a prefeitura, os contêineres serão climatizados e estarão instalados até, no máximo, o dia 11, quando será entregue o calendário de reposição das aulas. Os 436 alunos que estão sem estudar cursam entre o 1º e o 5º ano do ensino fundamental.

A dona de casa Maria Conceição Santos diz que será um ano difícil para a filha.

"Se eles não relembrarem várias coisas que já ensinaram desde o começo do ano, as crianças vão ficar perdidas. Mas se voltarem esse conteúdo, será que vai dar tempo de ensinar tudo o que estava previsto?", questiona.

SEM PRAZO

De acordo com a prefeitura, só será possível reformar as salas de aula após um laudo final da Defesa Civil, além de autorização do Ministério Público Ambiental, por se tratar de área de proteção. Não há prazo para isso acontecer.

A prefeitura afirma ainda que irá cumprir o calendário escolar previsto para 2016.

Em fevereiro, as chuvas que atingiram o litoral paulista causaram duas mortes em São Sebastião e interditaram a rodovia Rio-Santos.


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