Folha de S. Paulo


Dilma diz que irá liberar R$ 1,2 bilhões em quatro anos para combater aedes

O governo federal anunciou nesta quarta-feira (23) a liberação de R$ 1,2 bilhões ao longo dos próximos quatro anos para o combate ao Aedes aegypti e para pesquisas e fomento à produção de meios de combate ao vírus da zika e às outras doenças transmitidas pelo mosquito, como a chikungunya e a dengue.

Em evento no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff afirmou que, mesmo diante de um cenário de ajuste fiscal e crise econômica, o governo irá garantir os recursos para que haja avanço nas pesquisas e nas ações de extermínio do mosquito. "Queremos aprimorar os testes para tornar mais rápido o diagnóstico e as medidas de atenção às pessoas contaminadas", disse.

No total, os ministérios da Saúde, Educação e Ciência e Tecnologia liberarão R$ 650 milhões. O restante será complementado por recursos do BNDES (R$350 milhões) e do Finep (R$ 200 milhões).

Segundo o ministro Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), serão destinados R$ 304 milhões neste ano, R$ 162 milhões em 2017, R$ 136 milhões em 2018, e R$ 45 milhões para os anos seguintes. Os investimentos fazem parte do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à microcefalia.

"Sabemos que a transmissão do zika se dá pelo mosquito aedes mas o restante do nosso conhecimento ainda está aquém do necessário. Estamos todos nós correndo contra o tempo para conhecer melhor esse vírus que se espalhou com uma velocidade verdadeiramente surpreendente, extraordinária e espantosa pelo mundo", afirmou Dilma.

IMPORTÂNCIA

Para a presidente, a liberação de recursos é "de extrema importância" neste momento para que o combate às doenças relacionadas ao aedes sejam de fato combatidas.

O cronograma de liberação dos recursos, porém, ainda não foi divulgado pelo governo. Segundo a presidente, a verba irá custear a produção de vacinas, testes de diagnóstico mais rápidos e estratégias mais eficazes de combate ao mosquito transmissor.

Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

Durante o evento, os ministros Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde) elogiaram o empenho do governo em relação aos problemas advindos do surto de zika no país e enfatizaram que agora o país atingirá outro patamar.

Dilma afirmou ainda a importância de colocar a população também como responsável pelo combate ao mosquito em suas casas e outros ambientes em que as pessoas frequentam. "Reitero o pedido de 15 minutos por semana para que as pessoas façam a vistoria em suas próprias casas para exterminar os criadouros. Eliminá-los é eliminar a possibilidade de uma criancinha brasileira nascer com microcefalia."

Editoria de Arte/Folhapress
Clique na foto e veja o especial sobre o vírus da zika e microcefalia
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