Folha de S. Paulo


Em meio à crise financeira, polícia do Rio faz protesto até segunda (14)

A Polícia Civil do Rio iniciou, nesta tarde de sexta (11), um protesto para chamar a atenção da população sobre a situação da instituição no Estado.

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado (Sindelpol) definiu que os delegados não irão aos jogos do campeonato carioca do fim de semana e nem atuarão em operações especiais como Lapa Presente, por exemplo. A manifestação vai até segunda (14), ao meio-dia.

"Não é uma operação padrão, não é greve. Queremos chamar a atenção para uma situação para mostrar que estamos com problemas. Todos os servidores do Rio, mas vamos falar apenas dos policiais civis. Nosso 13º salário foi parcelado em cinco vezes e só recebemos dois", afirma o delegado Rafael Barcia, presidente do Sindelpol.

Daniel Ramalho/UOL
Helicóptero da Polícia Civil resgata banhista afogado no Posto 9, em Ipanema, em janeiro de 2015
Helicóptero da Polícia Civil resgata banhista afogado no Posto 9, em Ipanema, em janeiro de 2015

A primeira medida dos delegados é não enviar nenhum representante nos quatro jogos do campeonato carioca que ocorrem neste fim de semana. Em todos os eventos esportivos são formados Juizados Especiais Criminais nos estádios com a presença de delegado, promotor e juiz.

O sindicato pede ainda que os delegados não apoiem operações como a Lapa Presente, que reforçou o policiamento na região boêmia do Centro do Rio.

A confecção de registro de ocorrência de crimes, auto de prisão em flagrante, remoção de cadáveres e o cumprimento de mandados serão mantidas, garante o dirigente do sindicato.

Até o início da noite desta sexta (11) não havia um número de quantas delegacias aderiram ao protesto. A Polícia Civil não se pronunciou sobre o assunto.


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