Folha de S. Paulo


Moradores têm que abrir trilha para escapar da lama na Grande São Paulo

Moradores tiveram que abrir trilhas para atravessar uma camada de dez centímetros de lama nas ruas do centro de Franco da Rocha (Grande São Paulo).

As chuvas causaram ao menos 18 mortes, 16 das quais na Grande São Paulo –nenhuma na cidade.

As trilhas improvisadas surgiram no entorno da estação de trem de Franco da Rocha –as pessoas ficavam rente ao muro do terminal, pulando tijolos que ficavam fora do alcance da lama. Os corrimãos da estação estavam repletos de lixo e lama.

Para percorrê-las em meio ao barro, muitos tiravam os sapatos. Nessas trilhas improvisadas, o encontro entre pessoas indo em sentidos opostos gera conflitos. Um senhor de bengala foi acusado de tentar "abraçar" uma moça enquanto os dois davam um jeito de se equilibrar sobre o mesmo tijolo.

O terminal de ônibus anexo à estação não tinha nenhum coletivo. Nas ruas do lado oeste da estação, praticamente todas as lojas estão fechadas e poucas pessoas e carros circulam. Francisco Morato foi a cidade com mais mortes: 11 confirmadas, até as 18h.

Como acontecem os deslizamentos

PEDIDO

Em nota, a Prefeitura de Franco da Rocha orientou moradores de áreas de risco a sair imediatamente das suas casas. O Centro Cultural Newton Gomes de Sá e o Clube das Acácias abrigarão as famílias necessitadas.

A chuva fez a prefeitura mudar temporariamente para o prédio da Secretaria Municipal de Educação, no centro. As aulas na rede municipal foram suspensas. "A situação ainda é muito grave (...), mas não existe motivo para pânico", diz nota da prefeitura.


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