Folha de S. Paulo


PM mata suspeito de ser estopim das chacinas de Osasco e de Barueri

Policiais militares mataram nesta segunda (29) Thiago Santos de Almeida, 26, suspeito de participar do assassinato do cabo da PM Ademilson Pereira de Oliveira, 42, em agosto no ano passado, em Osasco (Grande SP).

A morte desse policial, durante um roubo a um posto de gasolina, é apontada como estopim de uma série de ataques que deixou menos 23 pessoas mortas em Osasco e Barueri.

A suspeita é que as mortes foram praticadas por colegas do PM em represália ao crime.

Dessa série de ataques, a investigação apontou que os alvos foram escolhidos aleatoriamente pelos criminosos porque nenhuma das vítimas tinha ligação com os assassinos do cabo da PM.

Também há suspeita da participação de guardas municipais de Barueri na chacina, vizinha de Osasco, em represália à morte um guarda durante um roubo.

Assim, suspeita-se que parte dos ataques teria ocorrido em parceria entre PMs e guardas. Três policiais militares e um guarda civil estão presos aguardando julgamento.

CONFRONTO

Almeida foi morto por policiais da Rota (grupo de elite de PM) perto da casa onde morava no bairro Padroeira, periferia de Osasco. Ele estava foragido desde a morte do policial, após ter sua prisão decretada pela Justiça.

Os policiais disseram durante o registro do boletim que receberam denúncia anônima do paradeiro do fugitivo e fizeram cerco ao local.

O suspeito, ainda segundo os PMs, percebeu a presença dos policiais e tentou fugiu pelo telhado da vizinhança. Foi perseguido, mas, metros depois, acabou encurralado em uma casa abandonada e baleado com três tiros (dois no peito e um na barriga) após suposto confronto. Socorrido, não resistiu.

Foi apresentada na hora do registro da ocorrência uma pistola 9 mm como tendo sido utilizada pelo criminoso. Dois cartuchos estavam deflagrados e 12 intactos.

Como se trata de morte em intervenção policial, será investigado pela Polícia Civil.

Duas outras pessoas são suspeitas de participação no roubo ao posto de combustível que terminou na morte do policial Pereira, que estava abastecendo o carro na hora do crime e foi reconhecido por um dos criminosos.

Um deles continua foragido, Wagner Rodrigues. Também está preso Felipe Pereira Dantas Nunes, frentista do posto suspeito de ter passado informação aos comparsas.


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