Folha de S. Paulo


Teste rápido para zika na Unicamp será feito apenas em grávidas e bebês

Os testes rápidos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) para a detecção do vírus da zika serão realizados apenas em grávidas com suspeita da doença, recém-nascidos com má-formação cerebral e adultos com sintomas da síndrome de Guillain-Barré.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (15) pelo Hospital de Clínicas da universidade, que será responsável por colher as amostras de sangue, urina e saliva que serão analisadas nos laboratórios do campus em Campinas, no interior de São Paulo. Neste primeiro dia, nenhuma amostra foi colhida ou analisada.

Os testes, de acordo com a direção da Unicamp, serão feitos em caráter de pesquisa, em número limitado. Não foi informada a capacidade diária de exames. Enquanto os resultados dos testes atuais demoram cerca de cinco dias para sair, o exame da Unicamp deve ficar pronto em cinco horas.

Só serão atendidos casos encaminhados pela rede municipal de saúde de Campinas –a exceção são casos graves já em tratamento no hospital.

De acordo com a universidade, não há prazo para que o teste seja oferecido a toda a rede pública de saúde.

Segundo o professor da Unicamp Marcelo Lancellotti, o exame identifica o material genético do vírus da zika. O paciente precisa estar com os sintomas da doença para a detecção do vírus. Ainda não há tratamento para o vírus da zika, que é transmitido pelo Aedes aegypti, assim como a dengue e a chikungunya.

Em Campinas, um caso autóctone (contraído no município) de vírus da zika já foi confirmado. Trata-se de um jovem de 20 anos que doou sangue no hemocentro da Unicamp. O caso ocorreu no ano passado, mas só foi descoberto neste ano, após longa investigação. O receptor do sangue morreu, mas não por causa da zika, segundo a prefeitura.

Editoria de Arte/Folhapress
Clique na foto e veja o especial sobre o vírus da zika e microcefalia
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