Folha de S. Paulo


Confira trânsito na região do ato do Passe Livre em São Paulo nesta quinta

O Movimento Passe Livre realiza nesta quinta-feira (21) o quinto protesto do ano contra o aumento das tarifas do transporte público na cidade de São Paulo. No dia 9 de janeiro as passagens de ônibus, metrô e trens metropolitanos subiram de R$ 3,50 para R$ 3,80. Acompanhe o ato em tempo real

Os manifestantes se concentram no terminal Parque Dom Pedro, na região central da cidade, desde às 17h. O trajeto divulgado duas horas antes do inicio da manifestação previa seguir para a Secretaria de Transporte, para Câmara Municipal e terminar na Assembleia Legislativa.

A gestão Alckmin porém, informou que não vai autorizar o percurso. O motivo, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), é que outro protesto já está ocorrendo em algumas das vias informadas pelo grupo anti-tarifa –desde a manhã desta quinta os motoristas de vans escolares protestam no viaduto do Chá, em frente à Prefeitura de São Paulo, contra a nova forma de remuneração exigida pelo município.

O trajeto proposto pela pasta do governo Geraldo Alckmin (PSDB) para o MPL é começar no terminal Parque Dom Pedro, passar pelas ruas General Carneiro, Boa Vista e Líbero Badaró até chegar ao vale do Anhangabaú. Depois, eles devem seguir pelas avenidas São João e Ipiranga e encerrar o ato na praça da República.

VIADUTO DO CHÁ

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PROTESTOS ANTERIORES

Mais cedo, um pequeno grupo de manifestantes realizou um protesto-relâmpago na avenida 9 de Julho, na região central de São Paulo. O ato durou menos de uma hora.

Na última terça (19), cinco manifestantes chegaram a ser detidos durante o quarto protesto do MPL, mas, depois foram liberados. A Secretaria da Segurança Pública informou que os dois rapazes detidos no início do protesto, por portarem um martelo e um estilingue, foram levados para o 14° DP, onde foi feito um registro de apreensão de objetos, e, depois, foram liberados.

Em relação aos demais, a secretaria informou que eles foram liberados ainda no local porque não ficou constatado que eles eram os responsáveis por atear fogo em lixeiras no centro da capital paulista.

O protesto causou o fechamento de comércios e estações de metrô e terminou com episódios pontuais de vandalismo no centro da cidade. No fim do ato, por volta das 22h, quando a maioria dos manifestantes havia ido embora, uma agência bancária foi depredada na rua Barão de Itapetininga e um grupo que participava do ato colocou fogo em lixeiras na rua Sete de Abril.

Ativistas tentaram pular as catracas na estação República do metrô e bloquear a avenida Ipiranga e foram impedidos. A PM usou bombas no fim do protesto em ao menos duas ocasiões. Durante o tumulto, trens não pararam na estação República, que ficou com portas fechadas, assim como a Anhangabaú.

No protesto, o Passe Livre decidiu dividir a manifestação, que saiu da esquina das avenidas Faria Lima e Rebouças (zona oeste). Por volta das 19h, a maior parte seguiu em direção à prefeitura, no centro. Outra foi para o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado, no Morumbi (zona oeste).

De acordo com a Polícia Militar, ao todo 1.200 pessoas participaram dos dois atos. Já o Passe Livre estimou em 7.000 o número de participantes do maior grupo, que seguiu ao centro. Além disso, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) fez dois atos nos extremos sul e leste, também contra a alta da passagem.

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COMÉRCIO

O grupo que seguiu rumo ao Morumbi passou em frente a vários estabelecimentos de luxo, sempre gritando "burguês, a culpa é de vocês". O shopping Iguatemi, na av. Brig. Faria Lima, fechou durante a passagem do ato. Seguranças cercaram todo o centro de compras.

Pouco depois de chegar ao Palácio dos Bandeirantes, que estava cercado por grande número de policiais, os manifestantes se dispersaram.

Já o protesto que terminou no centro teve desfecho diferente. Os manifestantes chegaram a empurrar a porta da prefeitura, sendo contidos por outros ativistas, e houve confusão no metrô. Além de depredar uma agência do Bradesco na rua Barão de Itapetininga, os manifestantes incendiaram lixeiras na rua Sete de Abril.

A PM soltou bombas na região da República após um manifestante atirar uma pedra. Depois, os policiais voltaram a usar os artefatos contra os manifestantes que fizeram barricadas com latas de lixo em chamas.

O Passe Livre divulgou o trajeto cinco horas antes do início do protesto –a Secretaria da Segurança Pública criticou a pouca antecedência.


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