Folha de S. Paulo


Alteração na lei de zoneamento muda menos de 1% projeto, afirma Haddad

Felipe Souza/Folhapress
Fernando Haddad (PT) anda de ônibus após anunciar futura implantação de veículos elétricos em SP
Fernando Haddad (PT) anda de ônibus após anunciar futura implantação de veículos elétricos em SP

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse nesta quarta-feira (16) que as alterações feitas no projeto da lei de zoneamento após pressão de associações de moradores mudam pouco a proposta original enviada por ele à Câmara. O texto define o que pode ser construído e que tipo de atividade pode existir em cada rua da cidade nos próximos 16 anos.

O prefeito aprovou as mudanças e disse que isso demonstra a importância de fazer audiências públicas antes de implantar mudanças significativas na cidade. "Todas essas alterações não mudam 1% das vias de São Paulo. Isso é adaptação. Se você não tiver processo participativo, a lei não será reconhecida como uma lei cidadã", afirmou.

O texto da lei de zoneamento foi discutido em 46 audiências ao longo deste ano. A base aliada de Haddad já cogita a possibilidade de o texto ser votado em segunda discussão somente no ano que vem. Isso porque entre a primeira e a segunda votação haverá novas discussões para definir os tipos de estabelecimento comercial permitidos em cada região.

Nova lei de zoneamento

Haddad disse que não vê o atendimento aos pedidos das associações de moradores como uma concessão. "Toda lei urbanística tem de ser precedida de dezenas de audiência públicas para que cada cidadão tenha o direito de opinar sobre a sua rua. Daí, você vai desenhando a cidade de acordo com a vontade de todos", afirmou o prefeito.

As declarações foram dadas pelo prefeito a jornalistas durante uma viagem em um ônibus municipal, que saiu do um terminal no centro de Itaquera (zona leste) até o terminal Parque Dom Pedro (centro). A medida foi feita para anunciar o início da fase de testes e fabricação de ônibus movidos a bateria na cidade.

Os primeiros coletivos 100% elétricos devem começar a circular na cidade a partir do início de 2016.

Felipe Souza/Folhapress
Fernando Haddad (PT) anda de ônibus após anunciar futura implantação de veículos elétricos em SP
Fernando Haddad (PT) anda de ônibus após anunciar futura implantação de veículos elétricos em SP

RÉVEILLON

O prefeito afirmou que vai garantir a festa de Réveillon na avenida Paulista. O tradicional evento que ocorre na virada do ano ficou ameaçado após a prefeitura não conseguir fechar acordo com patrocinadores.

"Tinha uma empresa [interessada] antes e desistiu, mas logo apareceu uma outra querendo cooperar. A prefeitura tem recursos para bancar o Réveillon. Provavelmente vamos usar o fundo emergencial para cumprir esse evento", afirmou Haddad.


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