Folha de S. Paulo


Após 21 dias da tragédia de Mariana, bombeiros acham 13º corpo

O Corpo de Bombeiros de Minas encontrou na madrugada desta quinta-feira (26) o 13º corpo vítima do rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG), no dia 5 deste mês. A empresa pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton. Reflexo disso, a BM&FBovespa anunciou nesta quinta a nova carteira do ISE, seu Índice de Sustentabilidade Empresarial, na qual não consta as ações da mineradora Vale.

Encontrado a 10 km de Ponte do Gama, uma das comunidades atingidas pela lama, o corpo estava em em local de difícil acesso e só foi achado devido ao uso de cães farejadores, informaram os bombeiros. No ponto onde o corpo estava, havia muitos animais mortos, de acordo com a corporação.

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Até o momento, oito vítimas fatais foram identificadas e 11 pessoas continuam desaparecidas. Outros cinco corpos foram encontrados nos últimos dias na região da tragédias mas, como ainda não foram identificados, não é possível confirmar se as mortes estão ligadas ao acidente.

O rompimento da barragem do Fundão devastou o subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana, afetou comunidades vizinhas e poluiu as águas do rio Doce, causando suspensão no abastecimento de água em cidades de Minas e do Espírito Santo. No último fim de semana, a mancha de rejeitos chegou ao litoral capixaba.

O encontro do corpo ocorreu um dia depois de o presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, ter dito nesta quarta (25) que quem critica a empresa é porque não conhece a mineradora. As controladoras da Samarco têm como presidentes Murilo Ferreira (da Vale) e Andrew Mackenzie (BHP).

Infográfico: Dano ambiental


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