O incêndio de grandes proporções que atinge há seis dias o Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, ainda não foi totalmente controlado, segundo brigadistas voluntários que atuam na região. O fogo se concentra ao norte do parque, onde estão os vales do Capão, do Lacrau e do Folha Larga, próximos ao município de Lençóis.
Segundo Augusto Galinares, presidente da Bral (Brigada de Resgate Ambiental de Lençóis), por enquanto só foram contidos os focos de incêndio na região da BR-242, que fica ao lado do parque e onde se iniciou o fogo. Cerca de 2.000 hectares de mata já foram destruídos pelas chamas, e famílias tiveram que deixar as suas residências diante do risco.
Os primeiros focos de incêndio no parque começaram há pelo menos 20 dias.
Na manhã desta terça-feira (17), o governador da Bahia, Rui Costa (PT), sobrevoou a região e determinou investigação policial diante da suspeita de incêndio criminoso. Não foi a primeira vez que um incêndio de grandes proporções atingiu a Chapada Diamantina. O último foi registrado em setembro e demorou uma semana para ser controlado.
A situação mais crítica é na nascente do rio Lençóis, no vale do Folha Larga. É onde se concentra a maior parte dos brigadistas. Dez aeronaves são usadas para ajudar a combater as chamas. Ao todo, elas transportam cerca de 20 mil litros de água por viagem. Segundo o governo do Estado, a FAB (Força Aérea Brasileira) deve encaminhar mais duas aeronaves para ajudar no controle.
O tempo seco e as altas temperaturas geram preocupação porque o fogo pode voltar a se espalhar a qualquer momento. De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), não há previsão de chuva na região até o final da semana. Ao todo, cerca de cem homens, entre bombeiros e brigadistas, ajudam no combate.
Com colaboração do UOL