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'Nenhuma barragem rompe por acaso', diz promotor que apurará caso em MG

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O Ministério Público de Minas Gerais abriu inquérito para apurar as causas e responsabilidades no acidente da barragem de uma mineradora em Mariana, no interior do Estado.

Cinco promotores foram designados para conduzir o inquérito, diante da gravidade do caso. Com o rompimento da barragem, um mar de lama invadiu o subdistrito de Bento Rodrigues, arrastando carros e destruindo casas. Há desaparecidos e ao menos uma pessoa morreu.

Editoria de Arte/Folhapress

Segundo o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, é prematuro tirar conclusões no momento, mas ele descarta se tratar de um simples acidente. "Nenhuma barragem rompe por acaso, isso não é uma fatalidade. Precisamos de rigor nesta apuração".

A princípio, diz o promotor, é possível dizer que o acidente agrava ainda mais a contaminação na bacia do Rio das Velhas, na qual é captada, segundo ele, cerca de 60% da água que abastece Belo Horizonte. O acidente ocorreu no ribeirão do Silva, que é afluente do rio Itabirito, que compõe a bacia.

O Ministério Público enviou nesta quinta-feira (5) uma equipe de técnicos da área ambiental, além de promotores, para avaliar o impacto do acidente.

A Prefeitura de Mariana e a Samarco, empresa responsável pela mineradora, pediram que as pessoas deixem a região, por questão de segurança.

O Corpo de Bombeiros ainda não confirmou se há vítimas soterradas, mas informou que pessoas ilhadas foram resgatadas por um helicóptero. Três carros dos bombeiros e uma equipe com cães farejadores também foram enviados ao local.

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