Folha de S. Paulo


CET implanta redução de velocidade na av. Vital Brasil e em mais 4 vias

A CET (Companhia Engenharia de Tráfego) reduz nesta quarta-feira (4) o limite de velocidade para 50 km/h em cinco vias da cidade. Serão 11,9 km de vias com alteração no limite.

As alterações acontecem nas avenidas Corifeu de Azevedo Marques, Vital Brasil, Lineu de Paula Machado, dos Tajurás e no túnel Jânio Quadros, na zona oeste. Atualmente, a velocidade permitida nessas vias é de até 60 km/h. Serão utilizadas, ao todo, 77 placas de sinalização vertical para orientar os motoristas sobre as mudanças.

Na avenida Corifeu de Azevedo Marques, a alteração ocorre em um trecho com 6,4 km entre as avenidas Martin Luther King –divisa com Osasco (Grande SP)– e a Vital Brasil. Já na Vital Brasil, a mudança será em um trecho de 1,2 km entre as avenidas Corifeu de Azevedo Marques e Professor Francisco Morato.

A redução do limite de velocidade na avenida dos Tajurás será em um trecho de 0,8 km entre a ponte Cidade Jardim e a avenida Lineu de Paula Machado, que sofrerá redução de velocidade em um trecho de 1,9 km entre as avenidas Juscelino Kubitschek e a Lineu de Paula Machado.

Mario Angelo/Sigmapress/Folhapress
Acidente na pista local da marginal Tietê causou a morte de três pessoas na madrugada deste sábado (12)
Acidente na pista local da marginal Tietê que deixou três mortos no começo do mês de setembro

No túnel Jânio Quadros, o limite de velocidade máximo de 50 km/h será em um trecho de 1,9 km entre as avenidas Juscelino Kubitschek e Lineu de Paula Machado. Na avenida Lineu de Paula Machado, a velocidade vai diminuir entre as avenidas dos Tajurás e Professor Francisco Morato, em um trecho de 1,6 km.

Na próxima sexta-feira (6), a companhia altera o limite de velocidade em sete vias da capital paulista. As alterações serão na ponte Eng. Roberto Zuccolo, avenida Cidade Jardim, túnel Max Feffer, avenida Europa, rua Colômbia e em trechos da rua Augusta e da avenida Nove de Julho, corredor de ligação entre a zona oeste e o centro. Atualmente, a velocidade permitida nessas vias é de até 60 km/h.

A medida está inserida no plano de redução de acidentes viários do Programa de Proteção à Vida. A gestão Fernando Haddad (PT) divulga semanalmente um novo cronograma de vias que terão a velocidade alterada. A ideia é que os motoristas fiquem sabendo previamente das mudanças, como já ocorria com a ampliação dos corredores de ônibus. Além da sinalização nova, os relógios de rua também informarão as futuras alterações.

"É muito importante esse gesto de São Paulo, que já está sendo seguido por outras cidades do Brasil. Estamos liderando um processo importante para salvar vidas, melhorar as condições de funcionalidade da cidade, com menos acidentes, com mais fluidez e, obviamente, com menos letalidade. Vamos salvar pessoas", afirmou o prefeito.

DATAFOLHA

A diminuição da velocidade máxima em ruas e avenidas de São Paulo divide os paulistanos, de acordo com a recente pesquisa Datafolha –47% são contra e 47% são a favor, conforme o novo levantamento.

Redução da velocidade máxima para veículos - Posicionamento, em %

A pesquisa apontou que 41% dos paulistanos costuma dirigir na capital. É esse grupo de pessoas que mais reprova a redução de velocidade (61% são contra e 35% a favor). Entre os que não dirigem, 56% são a favor da diminuição e 38% são contra.

Redução da velocidade máxima para veículos - Opinião do impacto da medida para redução de acidentes, em %

MORTES NO TRÂNSITO

Uma das justificativas que a administração municipal usa para reduzir a velocidade máxima em avenidas e ruas é evitar mortes no trânsito.

Em 2014, enquanto o número de acidentes caiu 8% em relação ao ano anterior, o número de mortes foi na direção oposta e subiu 8%. Ou seja, mesmo com menos acidentes, mais pessoas perderam a vida nas ruas e avenidas da capital.

Nos primeiros seis meses deste ano, a cidade de São Paulo registrou queda de 19% nas mortes em acidentes de trânsito –a maior queda na cidade de São Paulo em ao menos uma década.

O novo balanço, divulgado no final de setembro pelo prefeito, apontou uma diminuição de 637 para 519 mortes –na comparação de 2014 e 2015, entre janeiro e junho.

A quantidade absoluta de vítimas fatais também foi a menor já registrada em um semestre ao menos desde 2005 –ano em que a CET retomou os registros de mortes no trânsito com os critérios atuais.

Infográfico: Mortes no trânsito em São Paulo

Para Haddad, a queda é reflexo de ações de sua gestão, como implantação de faixas de pedestres, lombadas eletrônicas, áreas com limite de 40 km/h e a rede de ciclovias -que se expandiu de 65 km para 303 km em um ano, a partir de junho de 2014. "O ciclista está mais seguro. Isso é malha cicloviária", afirmou.

Apesar da redução, a taxa de mortes no trânsito da capital paulista –que caiu de 10,5 para 9,5 por 100 mil habitantes– ainda está muito acima da de cidades desenvolvidas como Londres (1,5) ou Nova York (2,9) e longe da meta (6) fixada por SP para 2020.

Infográfico: veja todos os tipos de infração previstas no CTB


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