Folha de S. Paulo


Após protesto, caminhoneiros terão 90 dias para aderir ao novo modelo

Após protesto em frente à sede da Prefeitura de São Paulo, os motoristas de caminhão caçamba conseguiram da administração municipal um prazo de 90 dias para se adaptarem às novas regras.

A gestão Fernando Haddad criou o CTR (Controle de Transporte de Resíduos) eletrônico, que substitui o modelo em papel, e que obriga os caminhoneiros a descarregarem as caçambas em lugares definidos pela administração municipal. Com isso, a empresa ou carroceiro só conseguirá nova guia de transporte de lixo se der baixa na anterior, via internet.

Antes desse sistema eletrônico, as transportadoras precisavam estar cadastradas na Amlurb (autoridade municipal de limpeza) e comprovar o despejo nos locais autorizados. Contudo, um relatório da prefeitura mostrou que a capital paulista tinha 3.345 pontos ilegais de despejo de entulho e lixo.

Ao todo, há 83 ecopontos que podem receber até uma tonelada de entulho por obra. Cargas acima dessa quantidade devem ser levadas a três aterros privados. Os aterros cobram R$ 17 da empresa para cada tonelada de entulho. A prefeitura paga mais R$ 10, de subsídio.

Agora, para ganhar subsídio, o aterro terá que atestar que recebeu a carga. O dono da obra, com o número do pedido, poderá acompanhar se o lixo foi jogado no local certo.

PROTESTO

Para evitar a implantação do modelo eletrônico, que começaria a partir desta quarta (4), um protesto de motoristas de caminhão caçamba interditou o viaduto do Chá, no sentido praça da Sé, no centro de São Paulo, durante toda a manhã desta terça.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou que o ato começou por volta das 4h. Às 6h, aos menos 50 caminhoneiros estavam concentrados em frente à Prefeitura de São Paulo e 20 na rua Libero Badaró. Segundo o órgão, o ato terminou por volta das 13h.


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