Folha de S. Paulo


Sem vaga: Motoristas de São Paulo avançam sobre espaço para deficiente

Rivaldo Gomes/Folhapress
Seguranças controlam vagas com cavaletes no parque Ceret, na zona leste, único local visitado que segue a lei
Segurança fecha vagas com cavaletes no parque Ceret (zona leste), único local visitado que segue a lei

Faltam vagas de estacionamento para deficientes físicos nos espaços públicos da capital. Além disso, onde há áreas reservadas para as pessoas com mobilidade reduzida pararem o carro, alguns motoristas sem autorização não respeitam a sinalização e estacionam de maneira irregular nos locais.

A reportagem visitou um parque, uma unidade de saúde, uma subprefeitura e um centro cultural de cada região da cidade, além da Câmara Municipal e da Assembleia Legislativa, totalizando 22 locais, na semana passada, para verificar a situação das vagas para deficientes físicos.

De acordo com resolução do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), é obrigatório reservar 2% das vagas em estacionamento de uso público ou privado para veículos que transportem deficientes ou pessoas com dificuldade de locomoção.

As vagas devem ser sinalizadas e ocupadas por veículos devidamente identificados por credencial padronizada pelo Denatran. Porém, isso nem sempre acontece.

Dos locais visitados, somente o parque Ceret, no Tatuapé, zona leste, estava de acordo com a lei. As vagas para deficientes, no entanto, são reservadas por cavaletes. "Se a gente não fizer isso, ninguém respeita. Quando chega algum deficiente, a gente libera a vaga para ele parar", disse um segurança.

Em alguns locais, apesar de haver vagas, a sinalização não segue as exigências. Isso ocorre, por exemplo, na Casa de Cultura de Santo Amaro (zona sul) e na subprefeitura do Butantã(na zona oeste).

Em locais que disponibilizam espaço de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida, motoristas ignoram a sinalização.

No Centro Cultural São Paulo, uma das vagas para deficientes foi ocupada por dois carros diferentes em menos de dez minutos.

Nenhum deles tinha credencial de identificação e os motoristas não apresentavam dificuldades de locomoção.

Em frente ao hospital Menino Jesus, um motorista só deixou a vaga ao notar que era fotografado. Mas parou em frente de uma garagem.

Cadu Proietti/Folhapress
Veículo no Centro Cultural São Paulo, na região central, desrespeita vaga especial para deficiente
Veículo no Centro Cultural São Paulo, na região central, desrespeita vaga especial para deficiente

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