Folha de S. Paulo


Prefeitura de SP diz que pouco lixo reciclado é resultado da baixa adesão

A gestão Fernando Haddad (PT) afirma que a quantidade de lixo reciclado abaixo da esperada se deve à baixa adesão por parte da população e aos furtos do material reciclado.

"Não tem tido uma adesão grande, os caminhões estão rodando, centrais funcionando e o volume coletado tem sido mais baixo que o esperado", diz o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro (PT).

Ele afirma também que grandes volumes de materiais têm sido coletados por grupos clandestinos.

"No mês passado apreendemos quatro peruas, eles passam meia hora antes do nosso caminhão e coletam os recicláveis", diz Pedro.

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Apesar dos problemas, o secretário argumenta já ter havido melhoria, com o percentual subindo de 1% para 2,5% na gestão Haddad. E que o recolhimento era universalizado em apenas 13 dos 96 distritos e chegou a 46.

Também foram inauguradas as duas centrais mecanizadas, que triplicaram a capacidade de processamento da capital paulista. Com isso, a média mensal de resíduos coletados neste ano aumentou 20% em relação a 2013.

De acordo com ele, a prefeitura está fazendo testes no Jardim Iguatemi (zona leste) que servirão de base para a universalização do serviço em todos os distritos até 2016.

Adriano Vizoni/Folhapress
Central de processamento de lixo de Santo Amaro (zona sul), que opera com ociosidade
Central de processamento de lixo de Santo Amaro (zona sul), que opera com ociosidade

ECOPONTOS

A prefeitura também pretende espalhar mais ecopontos pela cidade, além de manter a fiscalização sobre as concessionárias que fazem a coleta seletiva.

Além disso, haverá um programa para implantação da coleta solidária em equipamentos públicos como hospitais, mercados, subprefeituras, entre outros.

Recentemente, para ajudar a população a reconhecer o caminhão da coleta, os veículos passaram a tocar uma música específica.

Com financiamento de R$ 41 milhões do BNDES, a prefeitura planeja ainda construir dois galpões novos, em Santo Amaro (zona sul) e no Butantã (zona oeste), implantar centrais de triagem, capacitar catadores, entre outra ações para aumentar a coleta na cidade de São Paulo.

Simão Pedro critica a iniciativa privada por não fazer a sua parte na questão da coleta seletiva. "O setor privado tem que recolher os resíduos que ele gera. E 70% dos resíduos secos recicláveis são embalagens", afirma.

A prefeitura pretende lançar nesta semana uma nova etapa do programa de coleta, com as estratégias para ampliação do material reciclado.


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